Unanimidade garante investimento da Moinho Iguaçu em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 14/06/2017 às 15h08 Atualizado 14/02/2024 às 18h45

Sensibilizados com a crise que assola o país e tem gerado desemprego e redução do investimento por parte das grandes empresas, na terça-feira (30) os vereadores decidiram apostar na geração de emprego, renda e tributos que a empresa Moinho Iguaçu Agroindustrial trará para cidade, assim que iniciar a operação de sua filial construída em Paranaguá.

 

Vereadores votaram visando investimento e emprego na cidade

Após a aprovação da cessão de uso do espaço aéreo sobre as avenidas, Gabriel de Lara, Bento Rocha e Engenheiro Arthur Miranda Ramos em 2015, a empresa enfrentou dificuldades no processo de implantação, que culminou com a recomendação da revogação das leis municipais 3499/2015 e 3500/2015, pelo Ministério Público do Estado Paraná (MPPR).

Isto gerou no cancelamento da primeira Audiência Pública, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMUR), que seria realizado em dezembro do ano passado. Porém, sanados os problemas, ela foi realizada neste ano no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP).

Mesmo assim a determinação de cancelamento das leis municipais, elaboradas pelo prefeito Marcelo Roque (PV), acabaram sendo encaminhadas para Câmara Municipal e votadas na semana passada. Com a unidade construída e devidamente equipada na região do bairro do Rocio, no imóvel onde funcionou a Companhia de Desenvolvimento Agropecuária do Paraná (CODAPAR) e com capacidade para embarcar mais de um milhão de toneladas de grãos por ano diretamente nos navios, a empresa precisa que os vereadores votassem contra a revogação das leis.

Conhecedores do investimento da empresa no porto de R$ 80 milhões e a previsão da geração de empregos de aproximadamente 100 empregos diretos e 300 indiretos, os vereadores que chegaram vistoriar a unidade no Rocio, aonde conheceram o empreendimento, mantiveram a vigência  das duas legislações pela unanimidade dos votos.

Vale destacar que a Moinho Iguaçu já possui Licença Ambiental Prévia, concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para implantação de um sistema de correias de transporte de grãos no porto desde setembro do ano passado.  A licença para o empreendimento também foi aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (COLIT).

 

A empresa
 

Há 67 anos no mercado, o Moinho Iguaçu é uma companhia de agronegócio, que atua na cadeia logística completa desde a produção de sementes até a trade de grãos. Está presente em 18 filiais distribuídas na região do Paraná e, hoje, conta com este terminal portuário na cidade com capacidade de recebimento de dois milhões de toneladas grãos por ano.

A nova unidade ligará a produção do Oeste do Paraná ao escoamento em Paranaguá, o que irá triplicar sua movimentação de cargas nos próximos anos. Os investimentos da empresa são de cerca de R$ 80 milhões.

Com os aportes em armazenagem e correias transportadoras de grãos, a movimentação anual da Moinho Iguaçu deve chegar a 1,5 milhão de toneladas. Segundo o presidente da empresa cascavelense, Alcides Cavalca, o objetivo com estes investimentos é ganhar escala e dar um novo patamar à movimentação de grãos.

O silo possui capacidade para 50 mil toneladas de armazenamento estático e as correias, que já tem licença ambiental, somam 1,1 mil metros de ligação entre o armazém e o Cais Oeste do Porto.

A previsão de finalizar as obras é no primeiro semestre de 2018, dependendo apenas na liberação pela prefeitura, uma vez que a obra ainda deve durar entre 8 e 9 meses.