Muito além da pandemia: saúde de Paranaguá é referência estadual


Por Marinna Prota Publicado 28/07/2021 às 10h29 Atualizado 16/02/2024 às 08h29

Paranaguá destacou-se no combate à Covid-19 pela agilidade na vacinação, pela implementação de um hospital de campanha e pela forte testagem do município. Mas, muito antes da pandemia alastrar-se mundo afora, o sistema de saúde já era a principal referência regional, muitas vezes recebendo pacientes de outras cidades, por causa da maior estrutura do litoral.

Só em 2021, no período mais intenso de internações e contaminações pelo novo coronavírus, Paranaguá aplicou R$ 88 milhões na saúde, segundo o Relatório Detalhado de Atividades do 1º Quadrimestre. A maior parte desse dinheiro (R$47 milhões) foi destinado ao atendimento básico.

Com uma rede complexa e ampla, a cidade “Mãe do Paraná” conta com 31 ambientes de saúde pública, entre locais de gestão municipal, estadual e compartilhada. Esses estabelecimentos são dez postos de saúde, 16 centros de saúde básica/unidade básica, duas Secretarias de Saúde, um Centro de Atenção de Hemoterapia, uma Central de Regulação Médica das Urgências, além de um Hospital Geral.

Segundo o relatório do 1º quadrimestre, a diretriz da saúde do município é assegurar a “garantia do acesso da população a serviços de saúde de qualidade, mediante estruturação e investimentos na Rede de Serviços da Saúde”.

Entre as nove metas estabelecidas, cinco foram atingidas com sucesso, segundo a prefeitura, sendo elas: adesão ao Programa Saúde na Hora; adesão das unidades ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica e ao Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde; adequação e ampliação das equipes itinerantes nas ilhas e localidades marítimas; realização do acompanhamento das  condicionantes de saúde dos usuários inscritos no Programa Bolsa Família; e manter o acesso da população indígena aos serviços de saúde.

Procedimentos médicos passam de 100 mil em 2021

Outro dado que demonstra a importância e efetividade do sistema de saúde na cidade é a quantidade de procedimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas casas dos moradores do município. Os postos de atendimento regionais são:

  • UBS Luiz Carlos Gomes;
  • UBS Evanil Rodrigues;
  • UBS Dr. Simão Aisenman;
  • UBS Domingos Lopes do Rosário;
  • UBS Borges Neto;
  • UBS Guilhermina Mazzali Gaida;
  • UBS Aline Marinho Zacharias;
  • UBS Sueli Dutra Alves;
  • UBS Argemiro de Félix;
  • UBS Márcio Ubirajara Elias Roque;
  • UBS Ezequiel Luiz Dias do Nascimento;
  • UBS Maria Vargas Batista;
  • Comunidades Marítimas: Amparo, Teixeira, Eufrasina, São Miguel, Europinha, Ponta do Ubá e Piaçaguera; além da
  • UBS Flora Neves da Graça e Ana Neves, na Ilha do Mel;
  • UBS Norberto Costa e Emir Roth, na Ilha dos Valadares.

Números de atendimentos

Secretaria de Saúde comenta estrutura municipal e Hospital Pequeno Príncipe

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital Regional atende 300 mil pessoas do litoral durante um ano. (foto: Divulgação/ Prefeitura de Paranaguá)

Em entrevista ao JB Litoral, a secretária de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro comentou as condições atuais da saúde municipal e as novidades que os moradores podem esperar, como a vinda de uma unidade do Hospital Pequeno Príncipe e os avanços tecnológicos implantados nas Unidades Básicas de Saúde.

JB Litoral – Como a Secretaria vê as condições do sistema de saúde pública de Paranaguá?

Lígia Regina – O SUS é bastante dinâmico e tenta, frequentemente, dar respostas às condições de saúde e doenças da população, sempre priorizando a promoção e prevenção à saúde. Portanto, as condições do sistema de saúde em Paranaguá são ágeis e eficientes no estabelecimento de estratégias para beneficiar a saúde da população.

JB Litoral – Quais as novidades que os parnanguaras podem esperar para o futuro?

Lígia Regina – Incremento e qualificação das redes de urgência e emergência, de saúde mental, controle de zoonoses e referência para especialidades.

JB Litoral – Após o Erasto Gaertner, o que pode comentar sobre a vinda do Pequeno Príncipe?

Lígia Regina – As tratativas estão acontecendo. No momento, estamos aguardando uma proposta para investimento em equipamentos a fim de instrumentalizar a futura unidade do HPP, em Paranaguá.

JB Litoral – Com os avanços da tecnologia, como Paranaguá tem se modernizado nos aspectos da saúde?

Lígia Regina – As novas estruturas, que estão sendo levantadas, estarão equipadas com o suporte tecnológico de ponta que os novos tempos exigem. Além disso, novos avanços na área de telemedicina e de monitoramento remoto da saúde dos munícipes estão sendo levadas a cabo. Isso tudo vinculado à modernização da gestão com o advento do acesso dos gestores ao sistema de BI (business intelligence) para um melhor monitoramento e controle das ações em saúde.

Por Brayan Valêncio