Quem vai exterminar: MSN 29 ou o TAC?
A questão salarial do servidor municipal é um tabu que se arrasta desde a gestão de Carlos Tortato e não se resolveu até hoje, passadas quase duas décadas e meia. O que é uma prova inequívoca de falta de vontade e competência de todos os que atravessaram o Palácio São José. Hoje, com mais de quatro mil servidores, inchaço provocado pelo Prefeito Mário Roque em suas gestões de muitos concursos públicos, o quadro da prefeitura é um retrato do salário mínimo nacional remanejado. Servidores com décadas de carreira e de diferentes setores e níveis de escolaridade, já precisaram de recomposição salarial todos os meses, porque o salário base ficava inferior ao mínimo pago no país. Isto chegou a 80% de todo o quadro, segundo dados do Sindicato dos Servidores Municipais de Paranaguá e divulgado em diversas reportagens do Jornal dos Bairros.
Entretanto, o pior mal salarial é justamente o que vem disfarçado de muito bom, pois depende do pedágio político do gestor que senta na cadeira maior do Executivo. E assim, a cada gestão, se a prefeitura fosse uma monarquia, sempre surgem os “amigos do Rei” e, estes, conseguem o milagre da multiplicação remuneratória. É o caso, por exemplo, de uma simples auxiliar administrativa que, somadas todas as vantagens ao seu salário base de R$ 1,7 mil, chegou ao patamar bruto de pouco mais de R$ 17 mil em fevereiro deste ano. O que foi denunciado pelo JB e não resultou em absolutamente nada.
Agora, sem atualização das tabelas salariais há anos, a possibilidade de um corte na remuneração mensal de todo o quadro, assusta os servidores que podem ver sua remuneração exterminada por conta da Mensagem 29 ou pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) do Ministério Público do Paraná.
Sem saber o que fazer, o Prefeito Marcelo Roque jogou o problema para os vereadores resolverem e a Câmara pediu 90 dias para buscar um denominador comum. Enquanto isto, os “amigos do Rei” continuam impunes às armas do exterminador do futuro salarial dos servidores municipais de Paranaguá. O jeito é esperar os acontecimentos e torcer por uma solução que agrade a todos.
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