Paraná se despede de Gil Rocha; jornalista foi vítima de complicações em procedimento cirúrgico e gravou vídeo pouco antes
Foi sepultado à 16h deste sábado (1º), no Cemitério Jardim da Paz, em Curitiba, o corpo do jornalista Gilberto Rocha Manoel, o Gil Rocha. Ele, que era um admirador do Litoral, estava internado no Hospital Sugisawa, também na capital, desde a última quinta-feira (29), após sentir uma indisposiçã, no entanto, não resistiu ao procedimento de cateterismo e faleceu vítima de uma parada cardíaca durante o exame considerado minimamente invasivo, no final da noite dessa sexta-feira (30).
Já internado no hospital, gravou um vídeo em que estava confiante de que seria um procedimento simples e com breve recuperação:
Comoção e manifestações de pesar
A morte do jornalista, aos 63 anos, causa bastante comoção entre familiares, amigos e admiradores. Foram muitas as postagens desde a manhã deste sábado (1º), quando a rádio CBN de Curitiba, onde atuava como diretor de jornalismo, anunciou o falecimento do comunicador. Entre as mensagens de pesar estão as manifestações de amigos, colegas de trabalho, emissoras de comunicação, de times de futebol e políticos, como o governador Ratinho Junior.
“Gil foi um dos grandes nomes do jornalismo paranaense. Ele participou das principais conquistas dos clubes do nosso Estado como jornalista esportivo, era uma referência da televisão brasileira, e atualmente comandava o noticiário da CBN. Dono de uma voz marcante, era uma pessoa muito generosa. Que Deus conforte todos os familiares nesse momento difícil”, disse Ratinho.
Trajetória
Nascido em Siqueira Campos, Norte Pioneiro do estado, em 14 de outubro de 1959, Gil Rocha foi o nome escolhido para abrilhantar a apresentação do Troféu Imprensa de Paranaguá, nos anos de 2015, 2016 e 2017. Com uma trajetória iniciada aos 15 anos, em 1975, na Rádio Paiquerê, de Londrina, como rádio-escuta, ele auxiliava os colegas na apuração de resultados do esporte. Em 1981 se formou em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já formado, continuou no esporte e foi para a televisão, contratado como repórter pela RPC, inicialmente na TV Coroados, de Londrina, e depois na TV Paranaense, de Curitiba.
E foi assim pelas décadas seguintes, que Gil Rocha, pai de Lucas Rocha, apresentador da Rede Massa, fruto de seu primeiro casamento, e de João e Pedro, da união com a também jornalista da RPC, Ana Zimmermann, se tornou repórter da Rede Globo na cobertura dos títulos brasileiros conquistados por Coritiba (1985) e Athletico (2001). Na RPC, ele também foi gerente de esportes e comentarista, função que ocupou, ainda, no SporTV, do Grupo Globo.
Rádio
Mas a paixão pelo rádio nunca adormeceu. Paralelamente ao trabalho na televisão, cobriu Copas do Mundo pela Rádio Paiquerê, incluindo o tetracampeonato da seleção brasileira, em 1994, nos Estados Unidos. E para onde retornou, como ocupação principal, em 2019, através da Banda B, de onde só saiu para assumir a direção de Jornalismo da Rádio CBN de Curitiba, no final de 2021. Gil ainda atuava como cronista de futebol, aos domingos, onde comentava a rodada no programa Tempo Extra, da CNT.
O JB Litoral expressa as mais sinceras condolências a familiares e amigos de Gil Rocha.