Sérgio Moro conquista a vaga no Senado Federal pelo Paraná


Por Redação Publicado 02/10/2022 às 20h43 Atualizado 17/02/2024 às 18h30

O ex-ministro da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro (União Brasil), também foi eleito no domingo (2) para ocupar uma cadeira no Senado Federal pelo Paraná nos próximos oito anos. Com 95,74% das urnas apuradas, ele já foi declarado vitorioso com 33,82% dos votos, já que não poderia mais ser alcançado pelo deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) e pelo senador Álvaro Dias (Podemos), que tentava ser reeleito para o cargo que ocupa, ininterruptamente, desde 1999.

Neste ano, a eleição renova apenas um terço do Senado, com 27 eleitos, um para cada unidade da Federação. Isso acontece porque os vencedores têm mandatos de oito anos. Em 2026, haverá a renovação de 66,6% das cadeiras, com a eleição de dois nomes por estado.

Com a renovação, Moro integrará, ao lado de Flávio Arns e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos, a lista de parlamentares que representam o estado do Paraná no Senado Federal.

Trajetória

Natural da cidade de Maringá (PR), Sergio Fernando Moro ganhou notoriedade nacional como o principal nome da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014. Como juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, ele julgou políticos, empresários e doleiros acusados de envolvimento no esquema.

No comando da operação, ele garantiu que jamais entraria para a política. No entanto, em 2018, abriu mão do cargo de magistrado e aceitou o convite do presidente Bolsonaro para ser ministro da Justiça e Segurança Pública.

A permanência do ex-juiz no Executivo durou pouco mais de um ano e chegou ao fim após Bolsonaro exonerar o chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, braço-direito e homem de confiança de Moro.

Com a proximidade das eleições deste ano, o ex-juiz se filiou ao Podemos, sigla com a qual pretendia ser lançado pré-candidato a presidente da República. Para conquistar mais tempo de TV e verbas partidárias, ele migrou para o União Brasil. As disputas internas, no entanto, impediram as pretensões de Moro, que precisou disputar a vaga para o Senado.

*Com informações de R7