Ponte de Guaratuba deve manter mesmas restrições do ferry-boat para veículos pesados


Por Flávia Barros Publicado 25/01/2023 às 17h22 Atualizado 18/02/2024 às 03h22

Passado o entrave judicial, no final de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) aceitou um recurso do Governo do Estado e reverteu a decisão do Tribunal de Contas (TCE-PR), que havia suspendido o contrato para construção da Ponte de Guaratuba, o cronograma voltou a caminhar. Logo após a decisão, o Consórcio Nova Ponte, responsável pela obra, retomou os trabalhos na fase de obtenção de licença ambiental. O consórcio também será responsável pela elaboração dos projetos de engenharia e construção, com investimento total de R$ 386.939.000,00 (trezentos e oitenta e seis milhões e novecentos e trinta e nove mil reais). Mas, com a ponte se preparando para sair do papel, o JB Litoral foi procurado por leitores com dúvidas sobre como será a circulação de veículos pesados na tão sonhada estrutura; a altura, que pode limitar o tamanho das embarcações na baía de Guaratuba; e como ficará a travessia por ferry-boat quando ela já estiver finalizada.

RESTRIÇÕES


Para ter acesso a essas informações, a reportagem procurou o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). De acordo com o órgão do governo do Estado ao qual o projeto está submetido, a restrição de tráfego de veículos deverá ser a mesma que a restrição atual do ferry-boat, não sendo permitida a passagem de veículos pesados. Conforme a última atualização, o Peso Bruto Total (PBT) não pode ultrapassar 26 toneladas para utilizar a travessia.

Já em relação à altura da ponte, o DER/PR esclarece que o anteprojeto aponta uma dimensão livre (já contando com a maré alta) de 17 metros, o que comportaria, segundo o órgão estatal, as embarcações observadas navegando na baía. No entanto, isso ainda é algo que pode ser alterado. “Essa questão será estudada na elaboração do projeto executivo da obra, com a altura definitiva podendo ser modificada“, disse o DER, por meio de sua assessoria de comunicação.

FERRY CONTINUA?


E a pergunta que não quer calar é como ficará a travessia da baía de Guaratuba, que dura cerca de 30 minutos, isso sem contar com a espera para embarcar. A promessa é de que, com a ponte estando pronta, a travessia pela estrutura, que terá 1,2 km, durará apenas dois minutos. Com essa agilidade, a população se questiona se os serviços feitos pelas balsas permanecerão e de que forma.  

De acordo com o DER, o novo edital da concessão para explorar o ferry-boat irá abordar a questão da operação da travessia em relação à ponte de Guaratuba. Mas, o órgão não disse quando os detalhes serão públicos. “O processo de elaboração do edital está em etapa avançada, com novidades devendo ser anunciadas em breve“, afirmou.

EMPREGOS NO SEGUNDO SEMESTRE


Segundo revelou o JB Litoral, em entrevista com o deputado Nelson Justos (União Brasil), na edição publicada em 16 de janeiro, está perto de a ponte começar a trazer empregos para a cidade. “Em fevereiro, já teremos reflexos dela, uma vez que o pessoal da empresa vencedora esteve na Agência do Trabalhador reservando 400 empregos diretos. Isso para a economia é fantástico“, disse o parlamentar.

A informação foi confirmada à reportagem esta semana, pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Guaratuba. Segundo a administração municipal, a empresa teve o primeiro contato, perguntando se seria possível a cidade selecionar trabalhadores para 400 vagas que contemplam as funções de armador, ajudante de pedreiro e carpinteiro.

Diante da solicitação, a Agência está fazendo o levantamento no banco de dados e começará a seleção para os postos de trabalho daqui a seis meses, em julho deste ano. Por isso, a gestão informa que quem é morador da cidade e ainda não tem cadastro, basta acessar a página da Prefeitura na internet (guaratuba.pr.gov.br), e entrar na aba “Serviços”, onde há o espaço “Agência do Trabalhador”, e cadastrar os dados necessários.