Crianças parnanguaras participam de campeonato de Jiu-Jitsu neste final de semana, em Antonina


Por Amanda Batista Publicado 19/04/2023 às 11h55 Atualizado 18/02/2024 às 09h32

O Projeto Social GFTeam, que dá aulas gratuitas para 80 moradores do bairro Jardim Iguaçu e adjacências, levará 26 alunos para o Grappling Festival, que acontecerá em Antonina, no próximo domingo (23), às 10h. A maioria dos participantes são crianças e adolescentes, a partir dos 6 aos 15 anos.

O campeonato, organizado pela equipe do professor Celso Fonseca, é uma oportunidade para que os jovens amantes do esporte aperfeiçoem suas técnicas para competições de nível nacional e internacional.

Quando um jovem inicia em qualquer esporte, ele deixa de lado as redes sociais, cria objetivos e passa a acreditar no sonho de ser campeão no seu esporte. No caso do Jiu-jitsu, acaba se tornando um estilo de vida no qual todos viramos uma só ‘família’ ajudando um ao outro, orientando sobre a não violência e sobre disciplina”, destaca o professor Eduardo Simão, um dos voluntários da iniciativa.

Através do apoio de uma empresa parnanguara, o projeto conseguiu custear 50% das inscrições. Para alcançar o valor total, o GFTeam também recebeu doação da mãe de um aluno graduado, mas a equipe ainda busca patrocínio para alimentação e transporte para participar da competição em Antonina. 

Estamos procurando um meio de levar todos os 26 participantes para o campeonato, porque a van que conseguimos não é suficiente. Além disso, também precisamos de apoio para custear alimentação das crianças, já que o evento acaba às 20h”, relata o professor.

Segundo ele, os participantes possuem fortes chances de vitória, pois treinam regularmente toda segunda, quarta e sexta, às 19h30. Apesar dos avanços, Eduardo lamenta a necessidade de escolher quais alunos participarão das competições por conta dos custos.

Hoje somos obrigados a fazer uma triagem de quem vai ou não competir, pois não temos como arcar com custos de transporte, inscrição, alimentação, e, em alguns casos específicos, para atletas que já estão em um nível alto, hospedagem em campeonatos internacionais da confederação em outros estados”, explica.

Desafios


Atualmente, as aulas são ofertadas na sala da Associação de Moradores da Vila Marinho, que dispõe de um amplo espaço para treinos e armazenagem dos equipamentos, embora necessite de ajustes como a instalação de ventiladores e a aquisição de tatame para dividir a turma em duas. O projeto atende crianças a partir de 6 anos e não há limite de idade para participar.

A Associação nos oferece uma estrutura maravilhosa, mas ainda não temos ventiladores, precisamos trazê-los de casa. Também falta tatame para separarmos a nossa grande turma em duas salas e assim aplicarmos treinamento para iniciantes e avançados, além de separarmos os grupos por idade para não ocorrer acidentes”, salienta Eduardo.

Para atender aos quatro atletas de nível avançado que têm em vista os grandes campeonatos, o projeto estende o horário das aulas até às 23h. “Eles têm grandes objetivos, então os treinos avançados e o patrocínio corporativo são fundamentais. Sem esse apoio, pode ser que outros campeonatos aconteçam e nós não teremos condições de comparecer para representar a cidade”, comenta.

O professor faz um apelo para que empresas do Litoral apoiem o sonho das crianças e jovens parnanguaras. “Tivemos duas doações de 50 kimonos de uma empresa aqui de Paranaguá. Isso mostra como elas podem ajudar tantas crianças, mesmo com pouco. Quem apoia, acaba incentivando e acreditando no sonho delas e torna o objetivo de ser reconhecido no esporte algo possível”, conclui Eduardo.