Setor imobiliário atinge crescimento durante a pandemia


Por Redação Publicado 20/07/2021 às 14h07 Atualizado 16/02/2024 às 07h53

Um dos poucos setores que apresentaram crescimento na pandemia foi o imobiliário. No litoral paranaense não foi diferente. O aumento de vendas e locações na região segue um fluxo nacional de aquecimento no setor. Parte disso se deve às novas necessidades de moradia que a pandemia trouxe.

O sócio administrador da imobiliária Veleiros, João Araujo Junior, com sede em Paranaguá, declara que, apesar do primeiro impacto da pandemia, os negócios seguiram sem maiores transtornos. “Não tem como, as pessoas precisam se organizar. Na área de locação, sentimos uma procura por imóveis mais baratos. O maior impacto foi nas locações destinadas ao comércio. Mesmo assim houve aberturas”.

Gisele Trayczyk é proprietária da imobiliária Gisele, que fica em Pontal do Paraná. Para ela, apesar da queda inicial nos negócios, não houve muita diferença. “Este ano eu senti melhora, mas no ano passado eu não consegui bater minha metas”, diz. Ela explica que sua maior área de atuação é em locação de imóveis para temporada, que em 2021 melhorou.  “Acho que com a vacina as pessoas perderam o medo de se comprometer para o verão”. Os aluguéis convencionais permaneceram com pouca alteração, mas com certa melhora.

Vendas

Com relação às vendas, Gisele não sentiu ainda muita diferença. “Apesar de eu ter percebido uma alta nas procuras e especulações, fechei poucos negócios.”, relata. Para JJ, apesar da retração inicial no ano passado, as vendas foram retomando o ritmo normal. “Não dá pra reclamar. Ainda estamos melhorando e sentindo um leve aquecimento”. Ele explica que mais de 90% das vendas se dão por meio de financiamento e atribui, a isto, o fato de não haver maior retração.

Um dos motivos mercadológicos que elevaram as vendas e financiamentos é a queda de juros no setor, provocada pela menor taxa selic na história – 2%. Ferramenta de controle de flutuações de mercado e de aquecimento da economia, a taxa é base para os juros: sendo eles menores, mais fáceis se tornam os financiamentos. Foi nessa onda que o crédito imobiliário surfou, colaborando para a estabilidade e aquecimento do setor.

Otimismo

De acordo com pesquisa realizada pelo DataZap (Grupo Zap Imóveis), 21% dos consumidores estão buscando imóveis mais ativamente, neste último período pandêmico. Ainda de acordo com o levantamento, profissionais que atuam fora das capitais foram menos afetados pelo contexto dos últimos 15 meses. 12% dos que atuam nas capitais relataram baixo impacto do momento nas vendas. Entre os que trabalham no ramo imobiliário fora dos grandes centros, o número sobe para 42%.

Ao comparar dois períodos dos anos de 2020 e 2021 nos negócios, JJ sente significativa melhoria. “Eu me arrisco a dizer que de abril do ano passada para abril deste ano, houve um aumento nas vendas de 25%. E a tendência é melhorar”, completa.   

Por Kátia Brembatti