Deputada Yared destina R$ 25 milhões para manutenções de igrejas históricas do Litoral
Na segunda-feira (6), a deputada federal Christiane Yared (PP) esteve na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e na Catedral Diocesana de Paranaguá, conversando sobre os investimentos que devem ser realizados nas igrejas do Litoral pertencentes à Diocese. O bispo Dom Edmar Peron e o padre Emerson Zella apresentaram suas reivindicações e explicaram a importância cultural e histórica dos prédios.
Segundo a deputada, R$ 24.800 milhões foram indicados, por meio de emendas individuais e extraorçamentárias, para realizar o restauro das igrejas históricas do litoral paranaense. Com isso, as cidades de Paranaguá, Antonina, Morretes e Guaratuba serão beneficiadas.
Para dar início às obras, Yared comenta que as etapas necessárias já estão avançadas e, num primeiro momento, serão enviados R$ 2 milhões para serem feitas manutenções, visando especialmente à festa de 60 anos da Diocese de Paranaguá, que é comemorada em julho. “O recurso já está lotado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artística Nacional (IPHAN) para darmos o ponta pé inicial. O processo licitatório é para acontecer em breve e as obras já serem iniciadas”, comenta.
Com os R$ 2 milhões disponibilizados, deverão ser realizados serviços de manutenção e conservação da Catedral de Paranaguá, como limpeza externa, reparos na cobertura e telhado, pintura externa e etc; além de conservação da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Antonina, e projeto de restauração do Salão Paroquial da igreja; manutenção emergencial na Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, na Ilha do Mel, e uma pesquisa arqueológica na área da Igreja Matriz de Guaratuba para identificar locais com artefatos arqueológicos.
Resgate da história local
O Bispo Dom Edmar Peron explica que todas as igrejas católicas existentes no Litoral pertencem à Diocese de Paranaguá e que o objetivo das manutenções é resgatar a história local. “Uma vez que as igrejas estejam retomadas em sua história, com manutenção, acredito que fica mais fácil motivar a população para cuidar dos prédios. É uma questão cultural, temos que educar o povo ao cuidado com a própria cidade e cultura. E temos que ser o exemplo”, diz.
A deputada Yared comenta sobre o significado de dar início a esse tipo de cuidado com os patrimônios históricos do Litoral. “A igreja católica é a mãe, o Litoral é a mãe do Paraná e Paranaguá a mãe do Estado, nada mais justo do que começarmos um legado por aqui, saindo das mãos de uma mulher, uma mãe. Isso é coisa de Deus”, destaca.
O restante do valor destinado, R$ 22.800 milhões, deve ser investido no decorrer do tempo, conforme as etapas forem avançando. As igrejas beneficiadas são todas aquelas tombadas pelo IPHAN no Litoral: Catedral e Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, de Paranaguá; Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, de Guaratuba; Igreja de São Sebastião de Porto de Cima, de Morretes; Santuário de Nossa Senhora do Pilar, Igreja Bom Jesus do Saivá e Igreja de São Benedito, em Antonina.
Projeto Marco Zero
Em paralelo às destinações de Yared, três empresas decidiram montar um consórcio para buscar um restauro estrutural de uma das edificações mais antigas do Paraná – a Catedral de Paranaguá. A Inspire-C Arquitetura, Urbanismo e Patrimônio Cultural, FN Patrocínios e Núcleo de Mídia e Conhecimento deram início ao Projeto Marco Zero, o qual foi submetido para aprovação pela Lei de Incentivo à Cultura Federal (antiga Lei Rouanet) e, em fevereiro deste ano, foi aprovado.
Desde março, o projeto passou a captar recursos para a realização de estudos que indiquem quais as necessidades do prédio, no que diz respeito à preservação de sua estrutura física, modernização do espaço e resgate histórico. O valor necessário é de R$ 1.2 milhões e, de acordo com o padre Emerson, 20% já foi arrecadado, principalmente devido às contribuições de empresas portuárias sediadas em Paranaguá, como Cattalini e Fospar.
“Esse valor é para a realização do projeto de restauro, isto é, para que sejam levantadas quais as necessidades, de que modo deverá ser feito etc. Os 20% arrecadados é o mínimo exigido por lei para que possamos começar a usar o valor para fazer os aportes no projeto dos estudos. Se não houvesse a contrapartida local, o projeto ficaria bloqueado”, explica.
De acordo com ele, o Marco Zero foi apresentado às instituições portuárias por meio do apoio do presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Foi ele quem organizou um encontro para que pudéssemos apresentar o projeto para as empresas e, assim, conseguimos apoio e chegar ao valor mínimo do aporte”, comenta.
Para o Marco Zero, qualquer pessoa pode doar parte de seu Imposto de Renda. A destinação via Pessoa Física se dá caso a pessoa faça sua declaração do Imposto de Renda pelo Formulário Completo, neste caso, pode-se destinar até 6% do Imposto tanto a pagar quanto a restituir. Já para a Pessoa Jurídica, empresas que tributam pelo Lucro Real, podem destinar até 4% do IR devido.