Jovem parnanguara, prodígio do Jiu-Jitsu, parte rumo aos Estados Unidos em busca de superação e glória nos tatames


Por Luiza Rampelotti Publicado 07/06/2023 às 15h50 Atualizado 18/02/2024 às 13h32
juninho

Paranaguá está prestes a enviar mais um talento esportivo ao exterior em busca de grandes conquistas. Robert de Abreu Figueira Júnior, mais conhecido como Juninho Pitbull, é um jovem de apenas 19 anos que tem se destacado no mundo do Jiu-Jitsu desde os seus 7 anos.

Com a faixa roxa no Jiu-Jitsu, Juninho Pitbull já acumula um impressionante currículo de conquistas. Ele foi campeão mundial em cinco ocasiões, além de ter sido quatro vezes campeão brasileiro, conquistando também diversos títulos estaduais e locais ao longo de sua promissora carreira.

Agora, ele se prepara para uma jornada emocionante rumo aos Estados Unidos, onde pretende treinar arduamente e trazer para casa mais um título mundial.

Em entrevista ao JB Litoral, Juninho falou sobre a viagem aos Estados Unidos. “Desde 2021 tenho o desejo de ir para os EUA, mas, devido à pandemia, muitos empecilhos surgiram. Agora, com essa oportunidade, irei ficar lá por quatro meses e meio“, revelou o atleta entusiasmado.

A viagem de Juninho só é possível devido ao apoio financeiro obtido através do Bolsa Atleta, da Prefeitura de Paranaguá, além do auxílio pessoal do diretor empresarial da Portos do Paraná, André Pioli. Dessa forma, ele terá a oportunidade de treinar intensivamente no exterior e competir em diversos torneios de alto nível.

Trajetória nos EUA


A jornada de Juninho se inicia em Michigan, onde ficará por três meses na casa do faixa preta Jadson Costa, amigo da família e incentivador do atleta, mergulhando em treinamentos intensos. Em seguida, ele partirá para Nova Iorque, onde permanecerá por um mês e meio, aproveitando a oportunidade para aprimorar ainda mais suas habilidades e competir em torneios importantes. Lá, ele treinará na Unity Jiu-Jitsu School sob a orientação de Murilo Santana, um renomado campeão mundial na faixa preta.

Para o atleta, essa viagem representa uma grande oportunidade de abrir portas para sua carreira. Além de buscar o sucesso nas competições nos Estados Unidos, ele espera que seus desempenhos chamem a atenção de possíveis patrocinadores no Brasil. Ele está determinado a deixar sua marca no esporte e alcançar o tão sonhado objetivo de viver exclusivamente do esporte.

Apoio familiar


A família de Juninho também desempenha um papel fundamental em seu sucesso. Desde que começou a treinar, ainda na infância, seus pais sempre o apoiaram incondicionalmente, muitas vezes fazendo grandes sacrifícios financeiros para viabilizar suas viagens e necessidades esportivas.

Ele revela que foi graças ao apoio dos pais que teve a oportunidade de viajar duas vezes aos Estados Unidos anteriormente. Recentemente, Juninho conquistou a Bolsa Atleta do município, que o ajudou ainda mais em sua trajetória esportiva.

Diferentemente do comum, quando o pai é a inspiração do filho, com Juninho foi diferente: ele se tornou a fonte de inspiração para seu pai, Robert Figueira, que decidiu iniciar seus treinamentos no Jiu-Jitsu após observar o filho nos tatames.

Juninho e o pai, Robert Figueira, são parceiros no tatame. Juntos, eles realizam um projeto social que ensina Jiu-Jitsu para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. Foto: Arquivo pessoal

Eu sempre ia com ele para os campeonatos, para incentivar. Mas comecei a ter dificuldades, pois não entendia nada de Jiu-Jitsu e não conseguia dar dicas e instruções como os professores fazem na hora das lutas. Foi aí que comecei a treinar, só para poder ajudar ele”, conta Robert ao JB Litoral.

Ele se apaixonou pelo esporte. “Quando você começa a treinar Jiu-jitsu, sua vida muda, literalmente, para melhor. Me apaixonei e estou até hoje, cerca de 13 anos”, diz.

Agora juntos também no tatame, pai e filho iniciaram um projeto social que oferece aulas gratuitas de Jiu-Jitsu para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade em Paranaguá, há cerca de três anos. O projeto já conta com mais de 200 alunos entre cinco e 17 anos, proporcionando a eles a oportunidade de se envolver em um esporte transformador.

Viver de Jiu-Jitsu


Apesar de seu sucesso como atleta, Juninho ainda não depende exclusivamente do esporte como fonte de renda. Ele reconhece que nem todos os eventos para sua graduação – faixa roxa – oferecem premiações financeiras.

Contudo, o atleta destaca que os eventos para faixas pretas são os que oferecem maiores recompensas financeiras e, por isso, segue em busca de seu sonho. “Eu quero viver do Jiu-Jitsu, esse é o meu objetivo, mas não são todos os eventos que pagam alguma premiação. Então, para viver disso, só tendo uma academia, dando aula, recebendo bolsa atleta, ou algo assim. Mas na faixa que estou é o começo de tudo, pois os eventos de faixa preta são os que pagam bem”, conclui.

Esporte

Pontal do Paraná recebe edição de 70 anos dos Jogos Escolares do Paraná, com estreia histórica de atleta indígena


*Com informações da Assessoria de Imprensa Até quarta-feira (8), Pontal do Paraná é o ponto central dos esportes no Litoral,…


*Com informações da Assessoria de Imprensa Até quarta-feira (8), Pontal do Paraná é o ponto central dos esportes no Litoral,…