O bom velhinho parnanguara: Paranaguá tem seu próprio Papai Noel e o JB Litoral conversou com ele; confira


Por Luiza Rampelotti Publicado 24/12/2022 às 13h48 Atualizado 18/02/2024 às 00h42
papai noel luciano

Ele mora no Polo Norte, trabalha o ano todo, mas costuma aparecer apenas no mês de dezembro, por conta do Natal. Gorducho, de barba branca e vestes vermelhas, o bom velhinho é muito esperado pelas crianças do mundo inteiro nesta época do ano. É ele, o Papai Noel, e que em Paranaguá já está circulando por aí, entregando presentes, doces e tirando fotos com as crianças e famílias.

O JB Litoral conseguiu um espacinho na apertada agenda do Papai Noel e, agora, a gente sabe tudo sobre ele, até seu nome verdadeiro: Luciano Rodrigues de Magalhães, de 58 anos, natural de Paranaguá. Já faz 15 anos que ele se veste como o bom velhinho e faz a alegria da criançada.

Na verdade, acho que nasci Papai Noel e só descobri há uns 15 anos. Cada vez que olho uma foto minha com as roupas, sinto que nasci para isso. Minha maior felicidade é poder chegar próximo de qualquer pessoa, rico, pobre, de qualquer um, e todos me recebem com o mesmo sorriso”, conta.

O Papai Noel Luciano diz que é no Natal o período em que todo o amor guardado dentro do coração pode ser solto livremente. “Eu aproveito essa data para soltar meu amor, meu carinho. Aquele que passar na minha frente, se eu puder abraçar, e sei que posso, eu abraço”, diz.

Pedidos das crianças

Ele conta que os pedidos mais frequentes que chegam até ele, feitos pelas crianças, são objetos como celulares e bonecas. “Mas caso o Papai Noel não consiga entregar esse presente que você está esperando, é porque às vezes faltou uma pecinha ou algo assim. Então o Papai Noel não vai entregar o presente para você se não estiver funcionando, aí a gente troca e dá outro presente de Natal”, avisa para as crianças.

Sobre o pedido mais inusitado, Luciano comenta que foi feito recentemente, por uma criança. “Eu estava conversando com uma criança e perguntei o que ela gostaria de ganhar. Ele disse que queria que o Papai Noel fosse fazer uma visita para ele e para seu irmãozinho. Perguntei o motivo e ele contou que o irmão estava passando por uma fase difícil de saúde. Na mesma hora meu olho começou a lacrimejar, e eu pensei: ‘vou ter que dar um jeito e vai ser hoje’. Depois que terminou o evento, chamei o menino e perguntei: ‘será que a gente pode fazer uma visita hoje para ele?’. O menino ficou tão emocionado que essa cena vai ficar guardada para o resto da minha vida, e a gente foi visitar o irmãozinho dele”, conta.

Cuidados


Há 15 anos, quando ele começou a se transformar no bom velhinho, Luciano usava uma barba branca artificial, mas hoje, a barba é natural e precisa de todo um cuidado ao longo do ano para estar perfeita no Natal. “Depois desta época, eu tiro a barba em janeiro e em março começo a deixar crescer para estar no tamanho exato no Natal. Fico feliz, porque estou cada vez mais parecido. Não sou perfeito, mas trabalho para ficar perto do melhor”, conta.

Mas, além do cuidado com a aparência, o Papai Noel também cuida dos exemplos que dá à criançada. Ele conta que não costuma ficar próximo a ambientes onde há bebidas alcoólicas, justamente para não ser associado ao álcool e, com isso, passar um mal exemplo.

Não bebo, não fumo, mas também não fico próximo de quem está bebendo, porque quando a minha barba começa a ficar grande, as crianças já me associam ao Papai Noel e não quero que elas tenham essa recordação: de um Papai Noel perto de bebidas alcoólicas”, diz.

Luciano conta que para ser Papai Noel, há um trabalho enorme de concentração e preparação psicológica. “Não é só vestir uma roupa, tem que abrir o coração, se preparar para tudo o que vai ouvir e responder. Quando me olho no espelho, começo a me arrepiar, porque parece que não sou mais eu que estou ali. Sou apaixonado pelo meu trabalho; estou passando um momento muito feliz na minha vida que jamais imaginei”, conta.

Quando o Papai Noel não está animando as festas de dezembro, os comércios locais, ou entregando presentes para as crianças, nos outros meses do ano ele é um profissional autônomo. Solteiro e sem filhos, Luciano mora sozinho para “não ter nenhuma distração e poder atender a todo mundo no final do ano”.

Qual é o sonho do Papai Noel?

Durante o mês de dezembro, é quando ele junta economias para poder se manter ao longo do ano seguinte. “Nesse período festivo é que junto minhas economias; faço alguns trabalhos voluntários para instituições, e os serviços para empresas e comércios é onde junto um dinheiro para me manter ao longo do ano”, conta.

Sobre a alegria de ser o Papai Noel, ele conta que próximo à data, “até o coração vai ficando mais feliz”.  “É tão bom quando vejo o carinho que as pessoas têm por mim, não só pelo Papai Noel. Sair na rua e as pessoas dizerem que você é uma pessoa iluminada, isso me emociona. Sei que estou chegando em um lugar que não esperava ser tão grande, e isso me deixa feliz”, diz.

O Papai Noel também revela para o JB Litoral qual é o seu maior sonho. “Meu sonho mesmo é ganhar um bom dinheiro e chegar nas casas das pessoas sem avisar, deixar um presente para um, para outro. Se pudesse construir uma casa para aquela família que sua residência está caindo e não tem como levantar, ajudar essas pessoas. Meu sonho é ter dinheiro para fazer tudo isso”, conclui.

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