Operação conjunta mira organização criminosa ligada a homicídios em Paranaguá


Por Redação Publicado 10/02/2023 às 09h09 Atualizado 18/02/2024 às 04h32

Equipes da Polícia Civil e Polícia Militar (PM) estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (10), para cumprir 12 ordens judiciais contra um grupo criminoso ligado a homicídios em Paranaguá. Dentre as ordens judiciais estão 11 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

A ação é resultado de investigações de alta complexidade, realizadas de forma integrada entre a PCPR e PMPR. Cerca de 100 policiais civis e militares participam da operação, que ainda conta com o apoio de cães da PCPR.

O objetivo é desarticular a organização criminosa que, conforme apurado pelas forças de segurança, está ligada também ao tráfico de drogas na região. Uma coletiva de imprensa com os representantes da PCPR e PMPR aconteceu na sequência, na Delegacia Cidadã de Paranaguá.

Na ocasião, o delegado Nilson Diniz ressaltou que grupos criminosos vem travando uma disputa no Litoral pelo domínio da traficância, o que tem aumentado o número de homicídios na região. “Nós possuíamos algumas informações de que determinado grupo tinha ganhado poder, e, em razão disso, passado a cometer homicídios vitimando integrantes do grupo rival. A investigação durou cerca de um mês, foi realizada junto com a PMPR, e na data de hoje demos cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão. Buscamos, também, realizar uma prisão decorrente de uma ordem de prisão preventiva que, infelizmente, não foi possível, pois o indivíduo não se encontrava no endereço“, disse.

Durante a coletiva, o delegado apresentou os objetos apreendidos durante a operação; foram sete celulares, câmeras de monitoramento, um carregador de fuzil (simulacro) e, aproximadamente, R$ 25.900,00 em espécie. “O dinheiro foi apreendido na residência de um indivíduo que hoje se encontra preso em razão do roubo à Caixa Econômica Federal, em Paranaguá. É possível que seja parte do dinheiro subtraído naquele crime, vamos fazer as verificações devidas, porque não foi comprovada a sua origem“, explicou.

Sobre os pontos da cidade monitorados pelas forças de segurança, ele afirmou que nesta sexta-feira (10), os policiais tomaram a região conhecida como “Beco do Luizinho”, em alusão a Luizinho Fera, que se encontra preso e possui uma posição elevada na organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Essa região, notadamente, é uma das mais fortes desse grupo criminoso em Paranaguá. Inclusive, ontem, houve um homicídio ao lado dos alvos dos quais executamos as ordens de prisão“, disse Diniz.