Terrenos abandonados na Costeira causam transtornos a moradores


Por Redação JB Litoral Publicado 31/03/2015 às 17h45 Atualizado 14/02/2024 às 06h49

A falta de limpeza de alguns lotes no bairro Costeira tem causado dor de cabeças aos moradores. Três terrenos estão abandonados e o mato alto, além de causar incômodo, atrai animais peçonhentos, insetos e ainda serve de esconderijo para usuários de drogas. De acordo com os moradores, foram inúmeros os pedidos para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) resolver a situação, mas até agora os terrenos permanecem do mesmo jeito.

O problema do falta de limpeza, lixos e entulhos acumulados em terrenos ou em vias da cidade tem sido tema de várias matérias do JB. A reportagem esteve na Rua Visconde de Nácar e encontrou, quase em frente ao Corpo de Bombeiros, um dos lotes abandonados. A dona de casa Débora Santos Batista, moradora há seis anos do local, relata o surgimento de ratazanas em seu quintal e também a presença de usuários de drogas no terreno abandonado.

“Os ratos aqui são maiores que os gatos, inclusive eles tem medo dos ratos. Tem noias também que entram aí, da janela do meu quarto vejo os usuários fazendo necessidades e sou obrigada a ver”, diz.

“Já corri na prefeitura para tentar encontrar o dono para limpar esse terreno. Meu pai também já procurou e ninguém encontra. Nunca apareceu ninguém. Gostaria que limpassem esse lote, colocassem alguma coisa em cima, cuidassem do terreno, pois tenho criança pequena e morro de medo desses ratos. Aqui no portão já matamos vários. É horrível. Não dá para viver assim”, ressalta a dona de casa.

Já na Rua Desembargador Ermelino de Leão, duas quadras depois do terreno já citado, o JB encontrou outro lote em total abandono, dessa vez ao lado da praça do bairro. O local está com mato alto, lixo e um espaço, que segundo os moradores, também é utilizado por usuários de drogas. “Esses terrenos estão ocasionando muitos problemas. Além de ratos, até cobras já foram encontradas em terrenos vizinhos e também tem a questão da saúde pública, pois no bairro há crianças e sabemos que a urina do rato pode causar até a morte”, ressalta o vice-presidente da Associação dos Moradores, Maickon Chemure.

Segundo ele, a Semma sabe dos problemas, mas não resolveu nada.“Há dois anos, quando fui presidente de bairro, já levamos ao conhecimento da Semma os casos. Novamente nesse ano, levamos o ofício informando que o problema ainda existe. É preciso pelo menos notificar para que haja no mínimo a limpeza do local. Até agora não obtivemos resposta nenhuma. Apenas o Beto Correia disse que iriam limpar e que os proprietários seriam notificados. De fato os entulhos foram recolhidos na semana passada, mas os terrenos continuam do mesmo jeito, sem nenhuma solução”, declarou.

A reportagem ainda encontrou mais um terreno, localizado na região da Vila Nossa Senhora do Rosário, mais conhecida por Ilha Perdida, que também está tomada pelo matagal.