“Terror do Portinho”, Abel continua impune apavorando mulheres e crianças


Por Redação JB Litoral Publicado 12/03/2016 às 08h00 Atualizado 14/02/2024 às 12h43

Conhecido por Abel, um homem de cerca de 40 anos, forte e com suspeita de problemas mentais, se tornou o “Terror do Portinho”, por levar medo e pavor para mulheres e crianças do tradicional bairro de Antonina.

Visto pelo setor policial como um “021”, gíria usada para pessoas com problemas mentais, o “Terror do Portinho”, que mora na Rua Escoteiro Milton Oribe, bairro Graciosa de Baixo, tem ficado impune de suas ações, mesmo com os moradores denunciando atos de agressão, danos materiais, xingamentos, atos obscenos e perseguição a mulheres e crianças.

Na sexta-feira (4), a reportagem falou com diversas moradoras do bairro sobre as ações de Abel, em especial com Celi do Carmo Miranda, moradora da mesma rua do “Terror do Portinho”, que realiza uma perseguição de quase um ano contra a moradora e sua família. Com duas crianças em casa, além dos netos e netas que residem nas proximidades, a dona de casa conta que teme sair de sua residência para fazer afazeres externos e até mesmo ir à igreja, porque a perseguição dele contra ela e sua família tem sido sistemática, sem que ela saiba o motivo. Até mesmo sua filha Jéssica, mãe de um bebê, tem sido vítima de perseguição e ameaças de Abel, que costuma andar pelo bairro com tesoura, ferro com ponta e pau.

Nestes constantes encontros, ele ameaça de matar e incendiar sua residência, o que faz com que suas filhas e netos não possam sair de casa. Ele chegou ao ponto de quebrar a janela do carro do marido de Jéssica e, numa madrugada, tentou entrar no quarto de Celi, em razão de sua casa não possuir portão. Recentemente, ao atacar verbalmente sua filha, esta ouviu dizer que sabe que irá morrer, mas prometeu que antes disto acontecer vai estuprar e matar uma criança. A dona de casa disse que já procurou diversas vezes a polícia, mas eles afirmam que não podem fazer nada e nunca o prenderam. Ela fez a denúncia na esperança de que algo seja feito, antes que ocorra uma desgraça. Ele é um rapaz novo e forte e ainda fica exibindo seu órgão genital para as crianças, se fizermos algo para ele vamos para cadeia e ele não”, reclama Celi.

Imprensa sabe de Abel

No bairro, o JB falou ainda com a moradora Marizete Esperança, que contou que Abel costuma ficar nas esquinas e ela teme sair de casa porque ele “é meio tarado”. Da mesma forma que com as demais moradoras, quando a vê na rua ele xinga e ataca. Recentemente deu dois socos no capô do carro da família e também de outros veículos. Certo dia, conta a moradora, ele jogou uma pedra em sua casa, que quebrou a telha e quase feriu seu pai que estava sentado logo abaixo. Ela conta que na semana passada até um locutor da rádio denunciou essas situações na imprensa.

Por sua vez, a moradora Ana Paula Luft Pereira, residente na Rua Carme Matsumoto, reclama que não conseguir dormir de madrugada e, no dia 29 de janeiro, seu marido registrou um Boletim de Ocorrência contra Abel, depois que ele fez diversos xingamentos e quebrou o retrovisor e a grade do radiador de seu carro.

A moradora conta ainda que, recentemente, o “Terror do Portinho” mostrou seu órgão genital para seu filho, um menino de oito anos e, revoltada, pegou um remo e partiu para cima de Abel, que fugiu correndo pelas ruas do bairro. “Do jeito que está não dá para ficar. Ele é agressivo, obsceno, toma cachaça e fuma cigarro, se ele é doente tem que ficar internado”, dispara a moradora.

Nesta semana, o JB irá procurar a Polícia Civil, o Ministério Público e a Secretaria de Ação Social para saber o que pode ser feito para garantir a segurança dos moradores do Portinho.

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