Carta de esperança de um parnanguara, neste 29 de julho, para um amigo curitibano


Por Redação Publicado 28/07/2021 às 15h11 Atualizado 16/02/2024 às 08h36
paranaguá, centro, vista de cima

Olá [sí minino], como estão as coisas por aí na capital? Espero que melhor, nas [veredas] de cá, tudo melhorando! Dentro do possível, né [coisa]? Passamos por um período difícil, que [meuuuu caneco]. Perdemos [bem pocô] de gente querida pra esse maldito vírus. [Se foram] pais, mães, avós, irmãos, amigos, enfermeiros, professores, políticos, carnavalescos, artistas, comerciantes, um [catatau] de gente [coisa]. Bem [miúda] esta lista dos que partiram! [Chimirde] a tristeza, sabe [sí guri]!? Sei que por aí, não foi [dêferente], como no mundo todo. Mas, como aqui a gente [véve] numa cidade menor, em que conhecemos gente do “Mar de Lá” ao “Beira Rio”, da “Costeira” até a “Alexandra”, ficou mais evidente, sabe?! Foi um [fecha-fecha] no comércio [lá da cidade] que, [meuuu…].

O povo de cá, não gosta muito de ficar [de varde]. Sabe?! Mas sei que aí também não, [disque]. Porém esse [fuá] foi necessário [coisa], pra evitar que [perdêmo] mais gente! Parece que aí na capital, a [turma] do comércio fechou mais vezes. [Semelha] toda essa tristeza, né? [ôôô, sejaaa]. Todos nós das bandas de cá, [fiquêmo] muito triste! [Meuu bonje]. Mas sabe [sí minino], a esperança de dias melhores aqui na nossa Cidade Mãe, digo nossa, por que é a Cidade Mãe de todos nós paranaenses, começou a se [avolumá]. Aaaaaaah, deixa eu te contar seu [coiso bobo]! Paranaguá tá fazendo 373 anos. [Veiijaaaaaaa] só meu amigo! O clima de [festerê] aqui, mesmo com ares de luto, está na cidade. Mas sabe o verdadeiro motivo [coisa]? A esperança de dias melhores se [alastrou] com a vacinação ali na Estação, que fica perto de onde a gente pegou o [Circular] aquele dia [sabe], quando te levei pra conhecer o Porto.

Pôôô, nossa cidade [debulhou] na vacinação! Nos [destaquemos] no Brasil todo, [sí guri]. Meuuuuu… o pessoal da prefeitura, junto do nosso prefeito [vararam] dia e noite, aplicando a vacina na [craude] toda da cidade. Não que eu queira [si mitidar], mas nós [dichavamos] com outras cidades do Paraná na vacinação! Pois [entãosse], até [me alembrei] daquela [coisa boba] curitibana no Twitter, que falou que aqui só tinha gente feia e burra. Vontade de dizer pra ela: [préga-leeee] cheirosa. Já tá vacinada [boca de burro]? Eu já, há 2 meses [disque]. [Tomaleeeee…] Hahaha. Aqui nós somos unidos! [Bem mácio] a gente fica, quando falam da nossa querida cidade! [Cê sabe], né, que só nós podemos falar. Hmmmm… mexe, mexe com Paranaguá! Mas meu amigo, eu queria escrever essa carta, pra dizer que tudo vai passar! [Vedê] que eu estou sentindo que tudo vai melhorar! As mortes estão caindo, a contaminação baixando, os números de internamentos menores. [Que bom se sesse] que a gente pudesse parar de se cuidar. Mas não podemos! Temos que manter as orientações sanitárias ainda, né [coiso]. Contudo, eu, esse seu amigo parnanguara, “bagrinho”, “caiçara”, “pé-de-mangue”, “catador de caranguejo”, como muitos de vocês aí de Curitiba chamam a gente aqui, queria por meio desta carta especial, levar um [pocô] da esperança que estamos vivendo em Paranaguá, para esse meu amigo da capital.

Pois, apesar do [djeguebar], [chimirde], [miúdo] passado que nós temos aqui, do primeiro lugar no Brasil que se encontrou ouro, do segundo [maior, enorme, imenso de grande] porto do País, que movimenta a economia da capital e do interior, com a passagem dos Jesuítas, da colonização do Sul, até mesmo com a criação de Curitiba e das famílias que fundaram a capital, nós estamos movendo nossos olhares agora para o FUTURO. Com a possibilidade de olharmos, ainda que um pouco meio de [fianco], de [revesgueio] as crianças nos campinhos e praças recém inauguradas, as aulas voltando ao normal, com o comércio começando a render mais, com menos perdas, o que eu queria era compartilhar com você, meu amigo [leitE quentE], por meio desta carta, um pouquinho deste clima comemorativo que tanto me enche de ORGULHO.

Bem, mas antes de eu [já ir já], dentro deste aniversário de 373 anos de Paranaguá, o presente que todos nós [bagrinhos] ganhamos foi um pouco mais desta necessária e importante ESPERANÇA, por meio da vacinação, que sempre fez parte da nossa história, da essência e do jeito alegre, [sarrista] e típico da nossa gente. E, pra fechar este escrito especial pra você, nada melhor que o trecho do poema “Avante”, de um [semelho], de um parnanguara, o primeiro poeta cronológicamente paranaese, Fernando Amaro, que diz… “Para finalizar; É preciso que se diga… Nem sempre o que é ruim; Amarga por toda vida.” Te espero aqui meu amigo, na nossa linda, única e esperançosa PARANAGUÁ.