Cinco dias após crime que chocou Paranaguá, Polícia Civil prende suspeito e procura segundo envolvido


Por Redação Publicado 05/12/2023 às 01h15 Atualizado 19/02/2024 às 06h40

Atirar contra qualquer pessoa como forma de aterrorizar moradores e demonstrar força na região pelo domínio do tráfico de entorpecentes. Essa teria sido a ordem cumprida por dois atiradores que balearam Wagner Henrique Rodrigues das Neves, 26 anos, que morreu no local, e ainda feriram uma jovem de 18 anos e uma bebê, de apenas um ano de idade. O crime aconteceu na noite da última quarta-feira (29), no bairro Emboguaçu, em Paranaguá.

Nesta segunda-feira (4), a 1ª Subdivisão da Polícia Civil de Paranaguá informou que prendeu um dos suspeitos por efetuar os disparos. Ele tem 18 anos e teria sido um dos dois baleados minutos após, na mesma rua onde aconteceu o atentado que deixou as três vítimas iniciais.

Motivação

Ainda de acordo com a polícia, os dois supostos atiradores teriam recebido ordens do crime organizado ligado ao tráfico de drogas para irem até a região conhecida como “Morro da Cocada” e atirarem contra qualquer pessoa que estivesse no local, como forma de aterrorizar os moradores e demonstrar força na região. Mas, na ação eles atingiram pessoas que não teriam ligação com a criminalidade e, pelo fato de terem atirado contra a mulher e a criança mais cedo, a suspeita da PCPR é que tenha sido ordenada a execução de ambos pelo crime organizado.

O preso segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional do Litoral e o segundo suspeito recebeu alta médica nesta segunda-feira, poucas horas antes da chegada da polícia à unidade hospitalar e está foragido.

Presos, mas liberados, agora presos novamente

A PCPR ressalta que iniciou as investigações ainda no local do crime, de forma ininterrupta, coletando informações, depoimentos, imagens de câmeras de segurança, entre outros elementos, para a elucidação dos fatos.

É importante esclarecer que ambos os suspeitos foram encontrados com ferimentos por disparos de arma do fogo na mesma noite, oportunidade em que também foram presos em flagrante pelos crimes de porte de arma de fogo e de entorpecentes. Entretanto, ainda não havia elementos que permitissem vinculá-los ao homicídio de Wagner das Neves. Por tal razão, acabaram sendo postos em liberdade pela Justiça, permanecendo hospitalizados no Hospital Regional do Litoral”, disse o delegado Ivan da Silva.

Com a investigação e a constatação de fortes indícios do envolvimento de ambos nesse crime abominável, representamos na última sexta-feira (1º) ao Poder Judiciário pela decretação da prisão preventiva de ambos, as quais foram deferidas nesta segunda-feira à tarde. Foi uma resposta clara e rápida e não descansaremos até encontrarmos todos os envolvidos”, completou.

O preso permanecerá hospitalizado, recebendo cuidados médicos, até receber alta médica, quando será transferido para a Cadeia Pública, onde ficará à disposição da Justiça. A investigação continuará com o objetivo de elucidar a participação e o paradeiro de outros suspeitos. A população pode ajudar com informações sobre crimes e suspeitos de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181 e do Disque-Emergência 197.