Homem que matou a ex-mulher em Antonina fica em silêncio em depoimento


Por Marinna Prota Publicado 28/07/2021 às 13h25 Atualizado 16/02/2024 às 08h32

O homem acusado de matar a ex-mulher com um tiro na cabeça em Antonina nesta semana foi preso após ter se entregado a polícia. Ele não reagiu a prisão e foi levado até a delegacia da cidade para prestar esclarecimentos à autoridade policial em outra data. Segundo a delegada responsável pelo caso, Vanessa Cristina, ele havia confessado o crime aos policiais quando chegou na delegacia, mas ao prestar depoimento ficou em silêncio.

“Pouco mais de 24 horas após o fato, ele se apresentou próximo da meia noite, com advogado, não foi feito o flagrante. Foi agendado o depoimento para um dia depois e o mandado de prisão acabou saindo um pouco após a saída dele da delegacia e com o apoio da Polícia Militar ele recebeu a voz de prisão enquanto estava na casa de um conhecido em Antonina”, explicou a delegada.

Ela ainda conta, que ao prestar o depoimento, para incluir as informações no inquérito policial, o homem de 42 anos, se calou. “Ele se reservou no direito de se manifestar somente em juízo. Mas pelos outros relatos e depoimentos, a gente extrai que [o motivo do assassinato] teria sido o término do relacionamento e ele não aceitar a nova relação da vítima”, relatou Vanessa.

Ex-marido teria matado a mulher com um tiro na cabeça. (foto: reprodução redes sociais)

O homem será enquadrado no crime de feminicídio consumado contra a ex mulher e homicídio qualificado tentado, por motivo fútil, em relação ao atual namorado, que estaria com a mulher no momento em que foram surpreendidos pelo acusado. Ele também deve responder pelo crime de dano ao patrimônio.

O réu é acusado de atirar contra a mulher, pelas costas. Um tiro teria atingido a nuca e o outro a mão direita da vítima. Ela morreu na hora, já o namorado conseguiu fugir, apesar do criminoso ter tentando acertá-lo com tiros. A delegada responsável pelo caso ainda frisa, que é preciso que as mulheres denunciem os abusos e agressões, para que elas não evoluam para um feminicídio. “Meu conselho que é denunciem ao primeiro sinal de violência”, concluiu Vanessa Cristina.

Assista o vídeo completo com as declarações da delegada: