Mesmo com a confissão do crime, filho acusado de planejar morte do pai e atirador são absolvidos, em Paranaguá


Por Flávia Barros Publicado 28/07/2023 às 12h01 Atualizado 18/02/2024 às 18h24

Quase quatro anos após o assassinato do empresário Geovane Alcala, de 47 anos, o filho dele, Luiz Felipe Alcala, atualmente com 27 anos, preso no mesmo dia do crime (20/09/2019) por encomendar a morte do pai, e o também réu no processo por ter atirado contra o empresário, Rafael Anderson Kubiak da Veiga, então com 21 anos, foram a júri popular nessa quinta-feira (27), em Paranaguá. Apesar da confissão do atirador, durante o julgamento, ambos foram absolvidos.

Como o conselho de sentença é formado por sete jurados, foram abertos os primeiros quatro votos, todos favoráveis pela absolvição de ambos“, diz o advogado de defesa de Rafael Veiga, Ryan Antunes, ao JB Litoral.

Recurso


O julgamento durou dois dias, iniciado na quarta-feira (26) e finalizado na quinta-feira (27), com a absolvição de ambos pelo crime de homicídio qualificado. O Ministério Público do Paraná sinalizou que irá recorrer da decisão.

O crime


O empresário foi morto na casa em que morava com a família, na Vila Divinéia. Ambos os acusados foram presos no mesmo dia do crime, em 20 de setembro de 2019. O autor dos disparos confessou ter atirado em Geovane e o envolvimento de Luiz no crime.

Segundo a Polícia Civil, e a denúncia acatada pela Justiça, a dupla planejou um latrocínio (roubo seguido de morte) na casa de Geovane. O filho foi amarrado em um quarto da casa e o pai correu para ajudá-lo.

Quando ele abriu a porta para ver o que estava acontecendo com Luiz, foi morto a tiros por Rafael.