Mulher atropelada sábado (10) no Nilson Neves, em Paranaguá, fala sobre o acidente

Era 5h35 da manhã de sábado (10) quando um grave atropelamento foi registrado na avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, na região do Nilson Neves, em Paranaguá. Um carro atingiu uma mulher que estava aguardando no ponto de ônibus e, em seguida, subiu o canteiro, passou por dentro da praça localizada ao lado do Corpo de Bombeiros e fugiu pela rua Agapanto.

Pelas imagens exclusivas obtidas pelo JB Litoral, a impressão era de que o atropelamento teria sido proposital. Porém, de acordo com a vítima, Valéria Pereira de Souza Franco, ela não faz ideia de quem poderia ter causado o acidente.

Valéria trabalha na Feira do Agricultor de Paranaguá, a tradicional Feira da Catedral, e estava aguardando o ônibus junto com seu marido para ir até o local de trabalho. Entretanto, ambos foram atingidos pelo veículo.

Levada ao Hospital Regional do Litoral (HRL), ela foi avaliada pela ortopedista. Felizmente, a mulher teve apenas um trauma no joelho, sem fratura, e foi liberada da unidade hospitalar no mesmo dia, às 15h30, de acordo com o diretor do HRL, Hemerson Saquetta.

O marido, Edson Aparecido de Souza Franco, que estava no local apenas para levar a esposa e aguardar até a chegada do coletivo, foi atingido na canela direita, mas não precisou de internamento. Ele mesmo chamou os bombeiros, que deram os atendimentos iniciais e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que transferiu Valéria para o HRL.

Vítima fala sobre o momento do atropelamento

“Eu não vi nada do que aconteceu, estava de costas, e meu marido estava meio de lado. Só senti quando me pegou por trás e senti que fui jogada, quando me dei conta, já estava no chão, mas ele veio e ainda beliscou minha perna com a roda, não deu ré”, conta a vítima ao JB Litoral, que afirma que em nenhum momento perdeu os sentidos.

Ela relembra que o motorista fugiu pelo espaço entre o ponto de ônibus e o Corpo de Bombeiros, onde existe uma academia ao ar livre. “Só me dei conta de que tinha sido atropelada quando já estava no chão e vi a roda do carro. Mas se o motorista tivesse dado ré, ele não teria beliscado a minha perna, que foi o momento em que me dei conta. Até então, eu só sabia que havia sido lançada”, diz.

De acordo com Valéria, ela pediu para o esposo chamar os bombeiros, que prontamente atenderam o casal. “Eles deram assistência, chamaram o SAMU e foram bem cuidadosos comigo. No Hospital Regional também me trataram com muito carinho e atenção”, afirma.

Na madrugada de domingo (11), ela revela que teve uma crise de labirintite por conta do estresse. Agora, por pelo menos duas semanas, Valéria não poderá caminhar devido ao trauma.

“Mas graças a Jeová Deus estou viva e me recuperando. Minha perna está bem inchada e com um hematoma grande, estou bem assustada, mas vou me recuperar”, finaliza.

Câmeras de segurança ajudam na identificação do motorista

Nesta segunda-feira (12), o casal irá até a Delegacia Cidadã registrar um Boletim de Ocorrência contra a situação. Qualquer imagem que possa ajudar a identificar o motorista é útil e necessária ao processo de investigação.

O filho, Matheus Felipe Toledo Franco, comenta que está buscando as imagens de segurança de câmeras próximas ao local do atropelamento. “Estou com as imagens do mercadinho da esquina, onde dá para escutar todo o barulho. Meu pai viu os marginais, estavam totalmente drogados, e parece que seguiram até a avenida Belmiro Sebastião Marques. Esperamos que sejam encontrados e responsabilizados o quanto antes”, diz.

O JB Litoral também conversou com o secretário municipal de Segurança Pública, João Carlos da Silva, que ressalta a importância das câmeras de segurança da Muralha Digital para auxiliar na resolução de casos como esse. “Esse circuito de segurança com câmeras em pontos estratégicos da cidade, desde a entrada/saída do município até os bairros, proporciona mais qualidade de vida e segurança para a população. Os equipamentos são de alta tecnologia, com câmeras Full HD panorâmicas que possibilitam o reconhecimento de placas de veículos, além da prevenção e repressão à violência. Tenho certeza que em breve o responsável por esse atropelamento no Nilson Neves será encontrado”, conclui.