PM descobre depósito clandestino durante ação da Operação Safra em Paranaguá


Por Redação Publicado 22/09/2022 às 21h08 Atualizado 17/02/2024 às 17h52

Policiais militares do 9º Batalhão localizaram um depósito clandestino de produtos suspeitos de serem oriundos de “vazada“, delito em que os autores abrem as bicas de veículos de carga para furtar o produto que é despejado na via. A ação ocorreu na manhã de terça-feira, 20, e resultou no encaminhamento de um homem, identificado como Paulo Cezar Rocha dos Santos, de 40 anos, ao plantão da Delegacia Cidadã.

De acordo com a ocorrência, tudo começou por volta das 11 horas, quando a equipe de motociclistas da PM, a qual, durante atividade da Operação Safra 2022, estava em policiamento ostensivo pela região do bairro Emboguaçu, para coibir delitos relacionados ao furto de carga.

Durante ação, os policiais receberam informações de que na Avenida Tufi Maron haveria um depósito clandestino de cargas, com intensa movimentação de pessoas entrando no local com sacos contendo diversos tipos de produtos, os quais teriam sido recolhidos após saques em vagões de trem, alvos de “vazadas” na região.

De imediato, os policiais foram averiguar e no local denunciado flagraram um homem entrando no imóvel carregando nas costas um saco com produto à granel, o qual foi entregue para Paulo Cezar. Em seguida, os policiais confirmaram que o local é utilizado apenas para o armazenamento de carga, sendo encontrados vários sacos de linho contendo milho, farelo e açúcar, totalizando aproximadamente 1 tonelada.

No local, ainda foi encontrada uma balança de chão, diversos sacos de linho novos e um caderno contendo anotações referente ao comércio dos produtos. Perguntado aos abordados a respeito da situação, o primeiro suspeito relatou que apenas recolhe os produtos de vazadas e leva até o local para realizar a negociação.

Já Paulo Cezar, que não apresentou documentação que comprovasse a origem do material estocado, afirmou ser um dos responsáveis pelo local e admitiu a compra de diversos produtos, que mantém em depósito, com o intuito de revender para proprietários de pequenas chácaras. Ele ainda disse que outras pessoas também frequentam o imóvel para negociação de grãos recolhidos e que todos têm responsabilidade com o depósito.

Representantes da empresa Rumo, responsável pelos vagões de trem, também foram ao local e, na sequência, Paulo Cezar foi conduzido à Delegacia Cidadã, por crime contra o meio ambiente e receptação. O outro abordado, o qual foi qualificado no boletim de ocorrência como testemunha, também foi encaminhado à unidade policial.