Portos do Paraná e Federal fazem monitoramento inédito na Serra do Mar


Por Publicado 08/03/2022 às 00h57 Atualizado 17/02/2024 às 03h10

A Portos do Paraná, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), iniciou a parte prática de um monitoramento nas encostas da Serra do Mar para verificar os sedimentos que descem com a chuva e assoreiam as baías de Antonina e Paranaguá. A parceria da empresa pública com a instituição é inédita e tem objetivo de fornecer dados para projetos futuros de redução de processos erosivos, consequentemente reduzindo a taxa de assoreamento.

Os pesquisadores farão análise da quantidade de sedimentos gerados nas bacias hidrográficas, de acordo com o tipo de cobertura vegetal presente em cada localidade. Com isso, a expectativa é estimar se a recuperação de áreas degradadas através de sistemas agroflorestais é capaz de reduzir a necessidade da dragagem de manutenção nos portos paranaenses, preservar o meio ambiente e gerar novas fontes de renda para os proprietários de terras em áreas degradadas.

A intenção é que os professores e pesquisadores nos ajudem a construir um material acadêmico que nos ajude a encontrar soluções para recuperação destas áreas, com ganhos no aspecto ambiental e reflexo na operação portuária”, apontou o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, explica que não existem registros de ações semelhantes em nenhum outro porto do mundo. “Foi feito um levantamento e esse tipo de monitoramento é pioneiro no setor portuário. Serão monitorados os sedimentos que as águas das chuvas carregam para dentro da baía, ou seja, com este estudo vamos avaliar o quanto a gente vai evitar de terra e outros materiais sendo carreados até o mar por meio da recuperação da cobertura vegetal das bacias hidrográficas”, justificou.