Saiba a diferença da Covid-19 para a gripe H3N2


Por Publicado 04/01/2022 às 10h43 Atualizado 16/02/2024 às 23h06

O aumento considerável de pessoas que procuraram as unidades de saúde nas sete cidades do litoral ligou um alerta para um novo aumento nos casos de Covid-19 por toda a região. Mas, desta vez também há um subtipo da gripe que é extremamente contagiante e que causa sintomas parecidos, por isso, o JB Litoral traz algumas das diferenças entre os vírus que são transmitidos por partículas no ar e que podem levar a problemas respiratórios graves.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), hoje existem três tipos de vírus influenza, popularmente conhecido como gripe, sendo eles: A, B e C. Os dois primeiros são os que causam grandes infecções periodicamente e que se espalham com mais facilidade, já o tipo C é conhecido por não causar gravidade no infectado.

A nova cepa H3N2 é do tipo A, o mesmo modelo que causou a epidemia em 2009, que era do subtipo H1N1. Nessas versões, que são as mais contagiosas, os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.

O destaque para esse vírus que tem circulado no Brasil se dá pela sua rápida transmissibilidade entre os indivíduos por meio de gotículas liberadas no ar, principalmente quando a pessoa gripada tosse ou espirra, enfatiza especialistas ouvidos pelo MS.

Já no caso da Covid-19, a transmissão tem evoluído conforme as novas cepas são descobertas, como exemplo a variante ômicron – que não há casos confirmados no Paraná, de acordo com o secretário da Saúde estadual, Beto Preto. A nova cepa do vírus Sara-CoV-2 deve inclusive ser o vírus de transmissão mais rápido da história.

Quem contrai o novo Coronavírus sentirá sintomas parecidos com os gripais, com um foco maior na dificuldade para respirar, mas, devido ao avanço da vacinação e dos estudos internacionais que consideram a nova variante descoberta na África do Sul como menos letal, quem tiver Covid-19 tem poucas chances de evoluir para casos graves.

No caso da gripe H3N2, os secretários de Saúde de Guaratuba, Gabriel Modesto, e Guaraqueçaba, Alcendino Ferreira Barbosa, o Thuca da Saúde, explicam que não há vacina para evitar a contaminação, já que a cepa é nova, mas que tomar a vacina da gripe, disponível em todas as cidades, pode diminuir o número de pacientes que precisam de atendimento hospitalar. A expectativa é que a vacina da gripe, que é aplicada anualmente, seja aprimorada e passe a contar com anticorpos também dessa nova variante.

Ou seja, a principal diferença entre a Covid-19 original e a H3N2 é que o primeiro é mais letal e menos infeccioso, já a nova gripe pode ser espalhada com extrema facilidade, mas não evolui para casos extremos.

como se proteger?

Em seu site oficial, o Ministério da Saúde dá dicas de prevenção aos dois vírus. “Pelo fato de a influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa a Covid-19, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos. O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação”, explicam.

Há também diferenças entre a transmissibilidade entre adultos e crianças. “Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias”, ressalta a pasta comandada por Marcelo Queiroga.

Mesmo com letalidade menor que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco, explica epidemiologistas ouvidos pelo Ministérios da Saúde. “Crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades [podem evoluir para casos graves]. A propagação do vírus pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e com a flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19”, analisam.