Após ser afastado pela segunda vez em 5 meses, Celsinho das Alface volta a ganhar queda de braço com Câmara de Morretes


Por Flávia Barros Publicado 09/08/2023 às 01h44 Atualizado 18/02/2024 às 19h38
Polêmica envolvendo o jacaré rendeu a abertura de uma nova comissão processante, mas justiça determinou a suspensão do processo. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Até parece notícia repetida, mas não é. Conforme o JB Litoral noticiou na semana passada, o vereador de Morretes, Celso Ferreira de Souza, o Celsinho das Alface (PROS), voltou a protagonizar polêmica envolvendo animais, com uma foto que se espalhou nas redes sociais em que o parlamentar aparece segurando um filhote de jacaré morto, pendurado com uma corda. O caso foi parar na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e chegou, novamente, à Câmara Municipal de Morretes, onde Celsinho, a exemplo do que havia ocorrido em março, foi afastado e uma comissão processante aprovada. No primeiro trimestre, o vereador quase perdeu o mandato devido à repercussão do fato dele ter matado a tiros a cadelinha Pipoca, de um vizinho, em 27 de dezembro de 2022.

De novo

Na época, Celsinho chegou a ser afastado, mas foi reconduzido às funções legislativas por meio de decisão judicial, exatamente o que voltou a acontecer nesta terça-feira (8). A denúncia da Associação Focinhos Carentes pelo caso envolvendo a morte do jacaré foi acatada pela Câmara em sessão realizada no último dia 2, ocasião em que também foi instaurada a Comissão Processante e determinado o afastamento de Celsinho.

O parlamentar recorreu e a decisão saiu nesta terça, favorável a ele.

A presidente descumpriu a Lei Federal, pois quando se trata de comissão processante é pela constituição federal, então eu só posso ser julgado pelas leis federais. O afastamento que ela usou é baseado em uma lei municipal de Morretes, que ficou obsoleta”, defende o vereador em conversa com o JB Litoral.

Foto antiga

Celsinho também votou a defender que o animal foi encontrado já morto por um vizinho, antes dele ser vereador.

Para instaurar uma comissão processante a pessoa tem que ter cometido um delito dentro do mandato, uma quebra de dentro do mandato. E a foto que estão se baseando é de 2018, quando o bicho já estava cheio de larvas, não matei ou maltratei o animal. Fiz a ata notarial em cartório documentando que a foto é de 5 anos atrás. Fato é que a perseguição política está acontecendo e não sei quando que vai acabar”, detalha Celsinho.

O parlamentar deve voltar às funções legislativas nesta quarta-feira (9).

*O espaço fica aberto para a Câmara, a ONG de defesa animal ou o deputado federal Matheus Laiola (União-PR), que fez a denúncia à Polícia Civil.