Caminhoneiros podem fechar rodovia em Paranaguá em protesto no domingo


Por Marinna Prota Publicado 23/07/2021 às 22h58 Atualizado 16/02/2024 às 08h12

Após as recentes altas no preço do óleo diesel, caminhoneiros de todo o país vêm afirmando que no dia 25 de julho, próximo domingo, haverá uma paralisação geral. Apesar de alguns rumores de que a adesão estaria baixa por parte dos motoristas, lideranças no estado do Paraná afirmam que a necessidade é por atenção das autoridades. Segundo a Associação Nacional Pró Caminhoneiros e Transportadores (PROCAM) o movimento existe e poderá sim ocorrer em Paranaguá e Antonina.

“Estamos em conversa com os motoristas, que nos repassam que a situação vivida no transporte de carga não é das mais fáceis. Com o aumento do combustível e o congelamento no preço dos fretes, o transportador acaba tendo seu ganho diminuído, já que passa a absorver o valor da elevação. Os pedidos são simples, basta as autoridades olharem para a categoria e buscarem o diálogo, sem deixar os motoristas a ver navios, como aconteceu recentemente”, afirmou em nota a PROCAM.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), rebate e acredita que as chances de uma grande greve são pequenas por conta do baixo número de adesões ao movimento. Já entre os próprios caminhoneiros há divergências. Ricardo Félix, de 44 anos, diz que vai lutar por seus direitos. “A gente ta aqui, de sol a sol, sem parar. O que está acontecendo é que daqui a pouco vamos ter que pagar para trabalhar, enquanto essas empresas batem recorde de ganhar dinheiro”, desabafou o motorista.

Clécio Branco, de 63 anos, caminhoneiro há 40 anos, analisa que uma greve só funcionaria se todos parassem, mas não acredita que isso vá acontecer novamente. “Se todo mundo se unisse igual em 2018 seria uma coisa. Mas agora, dizer que todo mundo tá de acordo, isso eu não posso. O pessoal está meio assim, já que não tá fácil para ninguém”, pontou.

Em nota, a CNTA disse que “a prerrogativa e legalidade de se realizar uma paralisação é um direito do caminhoneiro e formalizada através de assembleia nos sindicatos. Até o presente momento, não temos conhecimento de tal iniciativa por parte de sindicatos ligados ao sistema da nossa Confederação”.

O Ministério da Infraestrutura afirma que não tem conhecimento de solicitações de contato ou reuniões para discutir a possibilidade de uma paralisação da categoria.