Cattalini e Rocha promovem ações de desenvolvimento na Ilha do Amparo, em Paranaguá


Por Redação Publicado 26/03/2023 às 14h47 Atualizado 18/02/2024 às 08h00

Um grupo formado por voluntários das empresas Cattalini Terminais Marítimos e Rocha Terminais Portuários e Logística, por servidores da Prefeitura de Paranaguá e do Sebrae-PR, além de pescadores da Colônia de Pescadores Z-1, realizou uma série de ações para gerar renda, preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida dos moradores da Ilha do Amparo, em Paranaguá.

No sábado (18), o grupo de trabalho desempenhou a primeira ação do ano; a coleta de lixo espalhado pela orla da ilha. Ao todo, os voluntários recolheram quase uma tonelada de resíduos.

A coordenadora de EGS e Compliance da Rocha Terminais, Janaína Cunha Amarante, fala sobre a importância da preservação ambiental para a empresa e destaca o caráter voluntário da ação, que conseguiu reunir 20 colaboradores da Rocha e 40 da Cattalini.

Para nós é uma satisfação participar dessa ação na ilha, é nossa responsabilidade olhar para a comunidade e suas questões ambientais. Para isso, a empresa vem se estruturando, investindo em ações e incentivando nossos colaboradores a fazer esse trabalho voluntário”, diz.

Ela também conta que todos os voluntários se engajaram na atividade e que a Rocha busca despertar a consciência ambiental em todos os colaboradores desde a entrada deles na empresa.

A aceitação do projeto foi imediata, isso para nós é motivo de orgulho. No nosso código de ética existem princípios de responsabilidade social e os colaboradores recebem treinamento quando entram na empresa. Com esse entusiasmo, percebemos que estamos cumprindo nosso propósito, que é gerar um impacto positivo nas questões ambientais”, afirma a coordenadora.

Cerca de 60 colaboradores das duas empresas participaram da ação. Foto: Kaike Mello/JB Litoral


Projeto Meu Pescado


Outra ação que está em desenvolvimento desde outubro de 2022 é a criação da cooperativa de pescadores de Paranaguá, a Meu Pescado, uma iniciativa realizada pela Cattalini em parceria com a Colônia de Pescadores Z-1, o Sebrae-PR e a Prefeitura de Paranaguá.

O objetivo do projeto é capacitar comunidades pesqueiras localizadas nas ilhas, agregar valor aos produtos oriundos da pesca e contribuir com a geração de renda para os moradores destas comunidades tradicionais de forma sustentável.

Para concretizar a iniciativa, a Cattalini participa com a aquisição de todo o maquinário e os demais equipamentos necessários para o beneficiamento dos produtos, enquanto o Sebrae repassa orientações e treinamentos sobre formalização de negócios, comercialização, boas práticas de manuseio e armazenamento. Já a Prefeitura entra com apoio institucional e com a reforma do Centro Social da ilha de Amparo.

Para a consultora do Sebrae, Katiane dos Santos, o projeto é uma excelente chance de agregar valor ao pescado do município, promovendo uma identidade própria dos pescadores das ilhas, além de dar oportunidade aos jovens, mostrando que eles não precisam sair do seu local de origem para conseguir boas oportunidades de trabalho.

O objetivo é agregar valor ao pescado. A gente traz capacitação para todos os pescadores, para que eles entendam que podem ter o pescado como um negócio e que podem gerar futuro para os jovens. É isso que nós queremos gerar, oportunidade, mas precisamos que a comunidade entre no projeto. Se não houver adesão, não tem como manter”, explica.

Com o apoio do Sebrae, a Cattalini também está buscando promover a criação da cooperativa de pescadores Meu Pescado, na comunidade. Foto: Kaike Mello/JB Litoral


Falta de adesão pode causar o fim do projeto na ilha


Katiane ainda fala que, neste momento inicial, é importante que os pescadores interessados em aderir a ideia entrem em contato com o Sebrae, tirem as dúvidas e utilizem os benefícios da associação, senão o projeto será descontinuado e partirá para outra comunidade pesqueira.

Para participar, o pescador só precisa de vontade, todo o restante fica por nossa conta. Com esses esforços, esperamos tornar a marca conhecida internacionalmente, como aconteceu com a marca de banana de Antonina. Quando o turista vier ao Litoral, ele vai comprar um peixe, um camarão, e terá uma logomarca que diz ‘Pescado de Paranaguá, da comunidade de Amparo’, ou de Piaçaguera, Teixeira, entre outras”, afirma a consultora.

O presidente da Associação de Moradores de Amparo, Osmail Pereira do Rosário, mais conhecido como Maico, conta que o maior problema enfrentado pelos pescadores da ilha é a queda da energia elétrica. Ele explica que a maior parte da rede vem do município de Guaraqueçaba, por isso, quando acontecem temporais, a energia cai e os moradores ficam sem eletricidade por até cinco dias consecutivos.

Esse projeto é um grande benefício para os pescadores, eles poderão recorrer à sede da cooperativa e utilizar o freezer caso não tenha luz. Por isso, eu sempre incentivo a participação de todos e convido o pessoal para o projeto no nosso grupo do WhatsApp”, diz Maico.

Os voluntários recolheram quase uma tonelada de resíduos da Ilha do Amparo. Foto: Kaike Mello/JB Litoral


Campanha de castração


O controller da Cattalini, Fábio Martins Jorge, explica que, dentre as ações sociais da empresa na comunidade, também existe a campanha de castração, uma iniciativa da companhia em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para evitar o aumento de animais abandonados na Ilha do Amparo.

Percebemos que tem uma grande quantidade de cachorros na comunidade, então fizemos essa parceria para realizar a castração. Essa iniciativa é muito importante porque assim podemos evitar o aumento do abandono dos animais, que vivem em condições precárias na rua”, aponta.

Além de castrar, Jorge afirma que a campanha também pode gerar o aumento de adoção e resgate dos animais. “Hoje mesmo, nosso colega Alessandro levou um dos cachorros que está doente para cuidar em casa, e quando ele estiver curado, podemos doá-lo”, conta.

O cuidador dos animais na Secretaria de Meio Ambiente, Jucinei dos Santos, explica que o processo de castração é simples, gratuito, e que no mesmo dia em que o animal passa pela cirurgia pode retornar para a casa e ficar sob observação da família.

Nós colhemos os dados dos cachorros por um formulário distribuído aos donos. Eles preenchem com informações do animal e manda para o WhatsApp da Secretaria de Meio Ambiente. A cada 10 dias, a Secretaria leva os animais para a clínica e faz a castração. No mesmo dia, eles já retornam para os donos e ficam sob observação por até cinco dias”, relata o cuidador.

O presidente da associação de moradores comemora os esforços da iniciativa pública e privada em promover melhorias aos moradores. “Ver nossa comunidade mais limpa, receber esses projetos da Cattalini e da Rocha, e saber que a comunidade está sendo bem administrada, é um motivo de alegria, a gente só pode agradecer”, conclui Maico.