Com fim da greve, aulas na Unespar retornam na próxima quarta-feira (21)


Por Amanda Batista Publicado 19/06/2023 às 15h53 Atualizado 18/02/2024 às 14h42

Após um mês e quatro dias de greve, os professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), que possui um campus em Paranaguá, decidiram retomar as aulas na próxima quarta-feira (21). A suspensão da greve se deu após o Governo do Estado assumir o compromisso de descongelar a tramitação do projeto de carreira docente e enviá-lo à Casa Civil.

A garantia oferecida pelo Governo foi apresentada aos reitores através da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior (APIESP), do secretário da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Aldo Bona e do líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Hussein Bakri (PSD).

A greve dos professores da Unespar foi iniciada em 15 de maio; eles buscaram reivindicar um reajuste de 42% nos salários, que sofrem com a defasagem causada pela inflação desde 2017.

O vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da Unespar (Sindunespar), João Guilherme de Souza Corrêa, explica que os professores optaram pela suspensão da greve por se encontrarem num momento desfavorável à causa, já que outros servidores conseguiram o reajuste da data-base, pauta inicial da categoria, mas o corpo docente ficou isolado por dar início à greve.  

Agora buscamos a aprovação do Plano de Carreira, porque assim seria uma forma de recompor essa defasagem salarial. Ele traria um aumento no salário base e no adicional de titulação, entre outros benefícios que funcionariam como uma espécie de recomposição salarial”, explica o professor.

Todas as sete universidades estaduais seguem em “estado de greve” e desenvolvem atividades de mobilização, com possibilidade de retomada da greve em caso de descumprimento do compromisso assumido pelo governo.

As assembleias aconteceram de forma concomitante nas 7 universidades estaduais. Foto: Unespar

Sobre o Plano de Carreira

O Plano de Carreira Docente é um projeto criado em 2023 com o acompanhamento dos sindicatos docentes. Nele, está previsto o aumento no salário-base dos professores, além do aumento do percentual por titulação, como mestrado, doutorado e especializações.

O movimento docente tem interesse na aprovação desse projeto porque é uma demanda antiga nossa, que nasceu em 2011, e desde então as reitorias e sindicatos lutam para que o Governo aprove essas reivindicações”, destaca o professor João Guilherme.