“Estação da esperança”: prefeitura de Paranaguá vacina 8 pessoas por minuto em mutirão do feriado


Por Redação Publicado 07/06/2021 às 22h55 Atualizado 16/02/2024 às 04h38
vacinação, vacina

Por Marinna Protasiewytch

Para muitos parnanguaras, que estiveram nas ruas do entorno da Estação Ferroviária, o feriado prolongado de Corpus Christi foi marcante. A data de 4 de junho entra também para a história da cidade, que começou a vacinar o público em geral novamente, após realizar as aplicações nos grupos prioritários. A faixa etária baixou para os 48 anos ou mais, ainda no sábado, quando todas as doses foram aplicadas.

“Nossa equipe mostrou mais uma vez competência e dedicação ao nosso povo que aguardava a chegada desse momento único. Nosso município recebeu mais de 6 mil doses neste lote e todas foram aplicadas neste fim de semana”, comentou o prefeito Marcelo Roque.

Na sexta-feira (4), foram aplicadas 4.560 doses, durante cerca de 9 horas. A operação trouxe uma média de 8 parnanguaras imunizados por minuto, provando a agilidade do mutirão realizado pelos agentes municipais.

Leia Também: Corujão da Vacinação iluminou a madrugada e trouxe esperança de dias melhores à Paranaguá

População

Abordados na fila, muitos enalteceram o momento único vivido na fila da vacinação, que ocorreu tanto pelo drive-thru quanto dentro da Estação Ferroviária. “Todo mundo estava ansioso. Vamos ver se a gente agora consegue um pouquinho mais de paz. Sem vacina não tem condições”, disse um homem que recebeu a primeira dose no sábado.

De dentro do carro, outra parnanguara ressaltou: “É maravilhoso poder chegar até aqui e estar tomando a primeira dose. É muito importante. Todos devem tomar a vacina”. A estrutura montada pela prefeitura tem funcionado com atendimento estendido todas as vezes que a cidade recebe grandes lotes de vacinas.


Prefeito Marcelo Roque comemorou a efetividade na aplicação do último lote recebido. Foto/Prefeitura de Paranaguá

Maior número de imunizados do litoral

Paranaguá tem hoje a maior cobertura vacinal contra a Covid-19. A cidade recebeu doses tanto da AstraZeneca quanto da CoronaVac e nenhum tipo de vacina tem sido estocada. “Desde o início da vacinação orientamos os municípios para aplicarem todas as doses disponíveis o mais rápido possível. Todas as ações que colaborem para que mais pessoas sejam imunizadas são importantes e devem continuar”, afirmou o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.

A Secretaria Estadual de Saúde (SESA) ressaltou a importância do trabalho realizado com a chegada de novos lotes e a excelente atuação do município de Paranaguá na aplicação das vacinas.

Agilidade

Segundo a secretária de Saúde de Paranaguá, o município mobilizou entre profissionais da linha de frente e servidores da própria prefeitura, ou seja, um grande contingente para atender a população de maneira imediata.

“Nós estamos muito felizes, porque tivemos uma adesão muito boa, sexta-feira (4) vacinamos quase 4 mil pessoas e até o fim da tarde encerramos o lote que foi enviado. Pelo carro no drive-thru, tivemos uma fila bem rápida e bem ágil, uma equipe bastante comprometida. Há a necessidade de se vacinar, mesmo depois da vacinação, orientamos também para que não se descuidem”, disse Ligia Regina de Campos Cordeiro.

Importância da documentação

O superintendente de assistência à saúde, Rafael Dalla Vale, destacou que agilizar a documentação, tendo em mãos comprovante de residência, RG, CPF e o cartão SUS atualizado faz com que a fila de vacinação ande mais rápida e poupe transtornos durante a operação. “É muito importante frisar, que as pessoas que estão próximas a serem contempladas com o imunizante, para que elas vão até uma unidade de saúde ou venham até a Estação, para que a gente atualize o cartão SUS delas. Porque temos perdido bastante tempo com isso, então o tempo de espera e da fila fica mais rápido e ágil”, detalhou.

Para entender o motivo de tanta burocracia, o servidor público explica que a prefeitura tem que prestar todas as informações, repassar documentos para os órgãos fiscalizadores, sob pena de multa e punição da administração.

“Não só o sistema interno do município, mas temos que prestar contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) e Ministério Público (MPPR) pelos supostos fura-filas. Por isso, é algo que precisa ser feito da forma mais detalhada e controlada possível. As doses que chegam são contabilizadas para o público alvo, então isso faz com que também agilize a quantidade de doses que chegam ao município”, concluiu.