Filas intermináveis: DER-PR assume obra nos kms 39 e 41 da BR-277; km 42 continua com o DNIT


Por Luiza Rampelotti Publicado 16/12/2022 às 14h28 Atualizado 18/02/2024 às 00h11

Desde 15 de outubro a BR-277, sentido Litoral, tem causado transtornos à população que precisa se deslocar à região. Naquele mês, um deslizamento de cerca de 30 toneladas de pedras interditou duas pistas e causou congestionamento no quilômetro 42, em Morretes.

Por conta das pedras que caíram, as faixas no sentido Litoral foram totalmente bloqueadas. Dias depois, uma pista foi liberada, enquanto a outra, até hoje, continua interditada. Pouco mais de um mês depois, em 28 de novembro, deslizamentos também aconteceram nos quilômetros 39 e 41, ainda na região de Morretes.

Com três quilômetros parcialmente interditados, o trajeto pela rodovia tem sido um martírio para quem precisa descer da capital até o litoral paranaense. Nesta sexta-feira (16), às 8h30 da manhã, foram registrados mais de 10 quilômetros de filas no sentido Litoral, com espera de mais de 4 horas.

O que mais chama a atenção e revolta os motoristas é a demora para a conclusão das obras e serviços de reparação, que são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A BR-277 está sob gestão do órgão federal desde o fim da concessão dos pedágios das rodovias do Anel de Integração do Estado.

No quilômetro 42, o DNIT afirma que os serviços de recuperação custarão R$ 1,6 milhão e que está executando “contenção em tela grampeada na encosta da rocha”, com equipes trabalhando com o objetivo de permitir a liberação de uma faixa adicional antes do feriado de Natal. No entanto, a previsão para a conclusão total dos trabalhos é apenas janeiro de 2023.

Sobre estas obras, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação, na quarta-feira (14), para o órgão disponibilizar equipes atuando 24 horas por dia, com o intuito de concluir os trabalhos o quanto antes.

DER-PR assume obras dos kms 39 e 41

Já para as obras dos quilômetros 39 e 41, o DNIT alegou que não possui recursos para realizar os serviços de recuperação. Por isso, um acordo de cooperação foi firmado entre o Governo Federal e Estadual nesta sexta-feira (16).

A partir de agora, quem assume as obras nos dois quilômetros citados é o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti, a intenção é agilizar a liberação de novas faixas para garantir trafegabilidade no trecho.

Nossa prioridade neste momento é dar trafegabilidade à rodovia. Esses escorregamentos necessitam de obras complexas, mas já estamos avaliando a melhor maneira de iniciar essas intervenções e liberar pelo menos mais uma faixa de rolamento, garantindo mais fluidez ao trânsito“, explicou.

Furiatti não informou uma data de prazo para a liberação de novas faixas, mas afirmou que o objetivo é que isso seja feito antes do Natal, caso haja condições de tempo e trégua nas chuvas. As equipes do DER/PR estão realizando sondagens no trecho para elaborar um diagnóstico dos serviços que serão necessários.

O secretário de Infraestrutura e Logística ainda disse que está sendo realizada uma discussão técnica com o DNIT quanto à possibilidade de substituir os equipamentos que o órgão está utilizando na obra do quilômetro 42, visando desbloquear a faixa. “Queremos ver se é possível que eles retirem os guindastes de lá e utilizem andaimes, garantindo que todo o trecho bloqueado opere com essa faixa a mais”, comentou.