GOL DE PLACA: da visão em 2004 para os primeiros passos da concretização de um sonho


Por Redação Publicado 06/08/2021 às 18h01 Atualizado 16/02/2024 às 09h26

Quem acompanhou o curto mandato do ex-prefeito de Paranaguá, Mário Manoel das Dores Roque, do MDB, sabe que uma de suas ambições como político era criar algo revolucionário. Criticado por muitos, que não entendiam como poderia um estádio de futebol, parte de um Centro Poliesportivo, se tornar algo bom para a educação, o projeto final, com o atendimento de aulas da grade curricular e contraturno, acabou engavetado por anos.

No entanto, após a chegada de Marcelo Roque (Podemos) à prefeitura, a ideia foi colocada em prática e, na última semana, os parnanguaras puderam ter uma pequena dimensão do que está por vir.

Professores e cientistas são unânimes em afirmar que o esporte sempre foi aliado da educação e traz benefícios incalculáveis. Alguns destaques são: o aumento da concentração, a liberação de hormônios que aumenta a produtividade e, também, a preservação mental. Para a secretária de Educação de Paranaguá, Tenile Xavier, concluir a primeira etapa da obra significa seguir o legado que foi iniciado pelo ex-prefeito.

Entrega da primeira parte

Entrega da primeira parte da obra de reforma e construção do Estádio Escola em Paranaguá ocorreu no fim de julho (Foto: Prefeitura de Paranaguá)

É da continuidade a um sonho que começou lá atrás, com o prefeito Mário Roque, que foi questionado sobre como um estádio poderia pertencer à educação. Ele era um visionário e agora a ideia começou a se concretizar, trabalhando toda a parte do meio do campo e logo, na sequência, o restante. A ideia é que esse espaço seja possível trabalhar, com mais de 1.000 crianças, tanto a parte de educação, quanto do esporte. Acho que todo mundo já entendeu, que a cidade precisa dessas parcerias e que se a gente investir em educação e esporte, esse investimento vai garantir que a saúde lá no futuro fique melhor”, disse a secretária da Educação Municipal.

Em clima de comemoração, tanto pelo aniversário da cidade, quanto pelo fato de estar retomando um sonho do pai, o prefeito Marcelo Roque, do Podemos, afirmou que “uma pessoa que fez história em Paranaguá, meu pai, Mário Roque. Ele idealizou esse espaço, em 2004, construiu o estádio e a piscina olímpica. Ele sonhou com esse espaço, com esse estádio, mas que infelizmente não saiu do papel desde aquele ano”.

O prefeito disse, também, que a entrega dessa área, que conta com o campo de futebol com grama sintética com padrões FIFA, campos de Society atrás dos gols, pista para a prática de atletismo e salto em distância, é um passo a mais em busca de uma educação de qualidade para a cidade.

Primeira fase do projeto contemplou a colocação de grama sintética e pista de atletismo (Foto: Prefeitura de Paranaguá)

“Estou tendo essa oportunidade de reformar a piscina, a Arena Albertina e o estádio, que estava abandonado nessa primeira fase. Esporte é saúde, estamos entregando [parte do] Gigante do Itiberê, sem contar que já entregamos a Arena Albertina, um estádio maravilhoso e aqui a piscina ao lado, que nós estamos reformando. Aí sim, vamos tornar o sonho do prefeito Mário Roque realidade. Ele idealizou isso em 2004 e, infelizmente, os gestores que passaram não tiveram a capacidade de, pelo menos, fazer a manutenção daquilo que ele deixou. Mas hoje estamos tendo essa oportunidade, de revitalizar o espaço e que as nossas crianças possam assim estudar na parte da manhã e praticar o esporte na parte da tarde”, comemorou Marcelo Roque.

Investimento em conjunto

Deputada federal Christiane Yared foi uma das responsáveis por auxiliar na retirada do projeto do papel, com a viabilização de R$18 milhões em recursos federais (Foto: Prefeitura de Paranaguá)

Pelo tamanho da obra e a ousadia de produzir um Estádio Escola considerado o maior da América Latina, segundo a prefeitura de Paranaguá, foi preciso levantar, pelo menos, R$18 milhões para tirar a ideia do papel novamente. Nesse momento, foi necessária a inclusão de agentes políticos, para que as verbas viessem do estado e do governo federal, já que a economia municipal não aporta tamanhos investimentos.

“Esses recursos que temos trazido, é porque nós acreditamos que esse projeto é único. O primeiro da América latina, vai atender nossa população jovem e as crianças, além de ser um marco para a cidade. A obra tem um custo alto, obviamente que vai precisar dos recursos todos. Nossa preocupação é essa geração que está chegando, esse é um dinheiro direcionado para isso, por isso não poderia ser destinado, por exemplo, para a saúde. Porque essa geração precisa de conhecimento, precisa de cuidado e a quantidade de crianças atendidas é o que nos faz ter todo esse empenho de lutar por essa obra”, destacou a deputada federal Christiane Yared, do PL, responsável por conseguir viabilizar os R$18 milhões de verbas federais a Paranaguá.

Por Marinna Protasiewytch