Mais de um ano após deslizamento que matou duas pessoas na BR-376, em Guaratuba, obras definitivas de recuperação do talude começam nos próximos dias, diz concessionária


Por Flávia Barros Publicado 09/12/2023 às 15h04 Atualizado 19/02/2024 às 07h16

A Arteris Litoral Sul, concessionária que administra o trecho da BR-376, em Guaratuba, anunciou na última quarta-feira (6) que iniciará as obras definitivas no km 668,8 da rodovia, atingido por um grande deslizamento de barreira em 28 de novembro de 2022. Segundo a empresa, a mobilização está prevista para iniciar em 15 dias. Com a conclusão da recuperação da encosta, será liberada a faixa no sentido Santa Catarina, retomando a configuração original da rodovia.

Meses de negociação

Ainda segundo a concessionária, a autorização para realização da obra exigiu negociações com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), uma vez que 80% das intervenções ocorrerão fora dos limites de concessão da empresa. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em outubro de 2024, quase dois anos após o incidente que matou duas pessoas.

Para a recuperação emergencial do trecho e a liberação total no sentido Norte, além de outros trechos atingidos na BR-376, a Arteris Litoral Sul afirma que atuou prontamente, com investimentos que superaram os R$ 25 milhões.

A mobilização da concessionária incluiu obras de escavação, execução de contenção em concreto projetado, contenção de solo (terramesh) e reconstituição do pavimento. Por meio destas ações, foi possível reestabelecer por completo o trânsito no sentido Norte (Curitiba) e duas faixas do sentido sul (Florianópolis). O local do deslizamento recebeu a instalação de telamento dinâmico de alta resistência”, comunicou a empresa.

Reajuste de pedágio

Para que a obra fosse autorizada pela ANTT, após a aceitação do projeto executivo e do orçamento com certificado de inspeção elaborados pela Arteris, um Termo Aditivo ao Contrato do Edital de Concessão nº 003/2007 foi firmado.

Esse aditivo incluirá a obra de recuperação de um talude fora da faixa de domínio da rodovia BR-376/PR. A Concessionária terá o direito à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro da Tarifa Básica de Pedágio (TBP) por meio de um processo de Revisão Extraordinária do Contrato”, informou a ANTT, por meio de nota, sem revelar em quanto foi autorizado o reajuste das tarifas de pedágio.

Durante as obras

Segundo informou a Arteris ao JB Litoral, o bloqueio de pista para a realização das obras será de apenas uma faixa, a mesma que segue interditada há um ano, ou seja, sem mais restrições ao tráfego além do que já está em andamento.