Motociclista leva mais de dez pontos no rosto após ser cortada com fio de cerol


Por Marinna Prota Publicado 06/08/2021 às 09h57 Atualizado 16/02/2024 às 09h21

Na tarde de quinta-feira (5) Adriana Andrade Nunes, estava voltando do trabalho quando se deparou com uma pipa caindo com um fio de cerol. Ela estava de moto, na BR-277, próximo ao Jardim Iguaçu em Paranaguá. Ao avistar o objeto, ela não conseguiu frear pois havia um caminhão em alta velocidade atrás e acabou abaixando a cabeça para evitar que a linha pegasse em seu pescoço. Com o movimento, o fio cortou a viseira do capacete e também o rosto da mulher, que precisou ser hospitalizada e levou cerca de 15 pontos na face.

Em uma publicação no facebook, ela relatou o caso “estava passando na BR do Jardim Iguaçu e um fio com cerol de pipa no meio da pista. Estava vindo uma carreta atrás, não deu pra frear senão passava por cima de mim com a moto. Ia pegar no meu pescoço, eu baixei a cabeça, pegou dentro da viseira no meu olho e nariz levei quase 15 pontos. Nasci de novo, grande livramento do Senhor Jesus na minha vida”, afirmou adriana.

Segundo o relato da própria vítima, os médicos disseram se tratar de um “milagre”, já que poucos centímetros abaixo e a linha teria feito com que ela perdesse a visão. Além disso, é muito comum que o corte ocorra no pescoço, que fica desprotegido dos instrumentos como casacos e o capacete.

(foto: reprodução redes sociais)

Indignado, o marido da motociclista fez um vídeo falando sobre a importância de se ter responsabilidade ao soltar pipas, já que o uso de cerol é mais frequente por adultos e não por crianças. “Minha esposa trabalha autônoma, luta pela vida como todo mundo que se preza e precisa trabalhar. Vamos por a mão na consciência, nos ajude. Pois hoje foi ela, amanhã é um parente teu, uma mãe, teu pai”, disse Luiz Verissimo, marido de Adriana.

Lei anti-cerol

A prática de soltar pipa com uma linha batizada com cerol, geralmente feito com cola e componentes de vidro quebrado, é proibida em Paranaguá. Segundo a Lei 415/2010 do município, que veta o uso do cerol ou linha chilena e sua comercialização. No entanto, a falta de fiscalização foi um dos tempos de um requerimento feito na Câmara dos Vereados da cidade, ainda em 2018, apontando as imediações do Aeroparque e das BRs como principais pontos de problemas com acidentes graves.