Paróquia São Cristóvão terá missa em memória aos 13 anos da morte do “Padre do Balão”


Por Marinna Prota Publicado 20/04/2021 às 18h02 Atualizado 16/02/2024 às 00h01

Por Marinna Protasiewytch com informações de Diogo Monteiro

Em 20 de abril de 2008, o padre Adelir Antônio de Carli, pároco Igreja São Cristóvão deu início a um projeto de ativismo. Voar suspenso em uma cadeira presa a mil balões de gás hélio foi a forma que o religioso encontrou para divulgar e arrecadar fundos para a “Pastoral Rodoviária”. No entanto, o voo não saiu como o planejado e ele acabou caindo no meio do oceano a 13 anos atrás.

Segundo a secretaria da Paróquia São Cristóvão, às 19h haverá uma missa na igreja, que terá também a intenção de rezar pela alma do padre Adelir, que por muitos anos promoveu diversas ações em Paranaguá. Antes de se tornar o “Padre do Balão”, ele foi responsável por denunciar e ajudar a identificar agentes da segurança pública acusados de maltratarem moradores de rua.

A denúncia foi utilizada pela justiça, que prendeu os envolvidos, que foram denunciados por maus tratos, por ferirem os diretos humanos das vítimas em situação de vulnerabilidade social na cidade parnanaguara.

Projeto ousado

Padre Adelir de Carli benzendo caminhão no Paraná  (Foto: Divulgação/Pastoral Rodoviária)

Munido de sua fé, Adelir passou a ser conhecido como o “Padre do Balão”, por já ter realizado um voo, na época, com 500 balões, com destino a Argentina. A primeira peripécia lhe rendeu a atenção da mídia e ocorreu de forma tranquila, já que em 5 horas ele estava em terra firme. Mas a atitude do religioso ativista tinha um propósito: arrecadar fundos para o atendimento de caminhoneiros através da Pastoral Rodoviária.

Apesar de ter conseguido atenção da mídia no primeiro voo, não teve sucesso em conseguir patrocinadores para o seu projeto de atendimento aos transportadores. Neste momento, ele buscou um projeto maior, com mil balões, fazendo uma rota entre Paraná e Mato Grosso do Sul.

O que deu errado?

Certo de que este era um risco a sua vida, o padre contratou uma equipe de resgate, também utilizava um paraquedas para emergência. Calculando a rota, ele pensou em sobrevoar a terra de três estados brasileiros, mas por conta de uma rajada de vento, acabou sendo atirado para o mar.

Ele chegou a pedir ajuda para a equipe de resgate, mas não foi encontrado a tempo. Três meses após o ocorrido, um navio da Petrobrás encontrou os restos mortais próximo ao Rio de Janeiro, que após um exame de DNA, foram atribuídos ao “padre do Balão”.

Veja o vídeo do último voo

Imagens retiradas da internet