Pedro Dierka, o Papai Noel de Morretes, faleceu nesta segunda (8)


Por Luiza Rampelotti Publicado 08/08/2022 às 20h47 Atualizado 17/02/2024 às 14h46

Faleceu, na manhã desta segunda-feira (8), o motorista do transporte escolar da prefeitura de Morretes, Pedro Dierka, 67 anos, mais conhecido como Papai Noel. Ele estava internado no Hospital das Clínicas, em Curitiba, desde o dia 13 de julho, após passar mal enquanto trabalhava. A causa da morte foi em decorrência de complicações de um tumor na vesícula.

Pedro morava em Morretes e era servidor de carreira da prefeitura desde 2009. Para complementar a renda, em 2013, abriu uma microempresa para prestar serviços ambulantes de alimentação, comércio varejista de hortifrutigranjeiros, transporte rodoviário de carga, de mudanças e transporte escolar.

Porém, apesar dos afazeres, ele sempre realizou trabalhos voluntários. Em todos os natais, Pedro aproveitava sua aparência para se vestir de Papai Noel e, voluntariamente, fazer a alegria das crianças de Morretes.

A prefeitura publicou, em sua página no Facebook, uma nota de pesar sobre o falecimento do motorista. “A prefeitura de Morretes lamenta o falecimento de Pedro Dierka, motorista da Secretaria Municipal de Educação, tão conhecido na cidade e carinhosamente chamado de Papai Noel, nos deixou na manhã desta segunda-feira (8). Nossos sentimentos a todos os familiares e amigos”.

Na postagem, dezenas de pessoas prestaram sua última homenagem. Pedro morava sozinho na cidade litorânea, mas era de Prudentópolis (PR), onde residem seus familiares. O velório acontece ainda nesta segunda-feira (8), a partir das 22h, na capela mortuária do cemitério São Josafat, em Prudentópolis, e o sepultamento no cemitério do Cerro Azul, no mesmo município, às 8h.

O prefeito Sebastião Brindarolli Junior (PSD) destacou que Pedro Dierka deixará saudades entre funcionários e alunos. “Era um motorista dedicado, assíduo, preocupado com o município e, por isso, sempre presente nas sessões da Câmara de Vereadores. Fará muita falta em nossa cidade”, comentou.

Um grande amigo de Pedro, Gilton Dias, relembra que ele era “uma pessoa muito humilde, de um coração generoso“. “O pouco que ele ganhava, ajudava as pessoas, no entanto, não tinha nem aonde morar. Por último, estávamos tentando achar um lugar para quando ele saísse do hospital, mas, infelizmente, isso não ocorreu. Ele não saiu vivo dessa“, disse.

Gilton esteve próximo durante o internamento e conta que Dierka foi internado, a princípio, por pedra na vesícula, mas os médicos fizeram um exame mais detalhado e descobriram se tratar de um tumor na vesícula. “Foi feita a cirurgia, que ocorreu bem, mas ele foi acometido de uma bactéria muito agressiva, que foi a causa da morte“, contou.

O JB Litoral também conversou com Emílio Dierka, irmão de Pedro. Emocionado, ele prestou sua última homenagem junto com os demais irmãos.

O irmão mais velho, João, disse que Pedro era um irmão querido, que ia visitar sempre em Prudentópolis, trabalhador, gente boa, sempre presente! O outro irmão, Elias, disse que ele era um defensor da natureza, que adorava estar na chácara nas horas de folga, de férias, plantando árvores, erva mate, muito esforçado, honesto! O outro irmão, Nicolau, disse que o Pedro era único, sempre fazia muitas amizades onde ia, e que todos estão muito tristes pois ele vai deixar muitas saudades! A irmã Natália disse que ele era o Papai Noel da família Dierka, que fazia a alegria das crianças, que essa era a maior alegria dele, uma vocação! E eu, por final, Emílio, afirmo que vamos sentir saudades desse irmão querido que gostava de estar em família e em festa!“, comenta.