PRF, Força Nacional e Porto de Paranaguá se reúnem para discutir sobre as vazadas


Por Luiza Rampelotti Publicado 26/04/2023 às 11h53 Atualizado 18/02/2024 às 10h05

Na quinta-feira (18), o novo chefe da Delegacia Metropolitana da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Abílio José de Oliveira Esteves, se reuniu com integrantes da Força Nacional (FN) e com o diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, para debater sobre as vazadas, crime que consiste na abertura de bicas e tombadores dos caminhões que trafegam em baixa velocidade pelo perímetro urbano. Com isso, a carga que cai na pista é varrida, ensacada e roubada por indivíduos.

O intuito da reunião foi buscar soluções para o problema frequente em Paranaguá. Durante o encontro, foram tratados sobre novos métodos e tecnologias de prevenção ao crime.

Desde maio de 2022, um efetivo da Força Nacional se encontra em Paranaguá atuando para combater as vazadas. Além disso, a Polícia Militar (PM) também atua com o propósito de coibir o crime e, inclusive, realiza operações específicas para isso, como a “Operação Carga Segura”, promovida em janeiro deste ano.

Agora, a prevenção ganhará reforço, pois, segundo a PRF, o efetivo da instituição, inclusive das áreas de inteligência, também está à disposição para garantir que o problema seja superado de uma vez por todas. Para o inspetor Esteves, a integração dos órgãos de segurança junto a Portos do Paraná é muito importante e visa a segurança dos motoristas que acessam o Porto de Paranaguá.  

Novas tecnologias

Segundo o diretor de Desenvolvimento Empresarial da empresa pública que administra os portos paranaenses, André Pioli, está sendo estudado um novo sistema de trava de caminhões que tem o intuito de dificultar a ação dos criminosos. Ele ainda destaca a importância da atuação da Força Nacional na cidade.

A vinda da Força Nacional para Paranaguá foi um pedido nosso [da Portos do Paraná] para realizar uma campanha contra as vazadas. Isso vem sendo feito há algum tempo e, desde que eles vieram, o crime diminuiu bastante, mas infelizmente ainda acontece”, diz ao JB Litoral.

Tenente Geraci, da Força Nacional, André Pioli, da Portos do Paraná, e inspetor Esteves, da PRF. Foto: Divulgação

Como os criminosos parecem não se intimidar com os agentes que compõem a FN – policiais militares, bombeiros militares, policiais civis e profissionais de perícia nos estados, na reserva –, Pioli revela que a Portos do Paraná já solicitou um reforço das tropas. “Enviamos o pedido à Secretaria de Estado da Segurança Pública, que é quem repassa a solicitação à Força Nacional”, conta.

O diretor afirma que, durante a reunião com os agentes da FN e da PRF, houve o debate sobre novas medidas de segurança relacionadas aos caminhões que trafegam em Paranaguá. “Ainda é uma conversa embrionária, mas esse sistema diferenciado de trava dificultaria a ação dos bandidos. Contudo, o propósito do encontro foi para que a parceria entre todos os três órgãos fosse energizada e isso dará resultados no sentido de diminuição das vazadas”, conclui.

PRF registra 10 vazadas por mês

O chefe da Delegacia Metropolitana da Polícia Rodoviária Federal em Colombo, inspetor Esteves, também conversou com o JB Litoral. Ele ressaltou que a PRF e a Força Nacional estão somando forças para coibir o delito de abertura de bicas, com rondas de ambas as instituições, diuturnamente.

De acordo com ele, a PRF registra, pelo menos, 10 crimes de vazadas todos os meses em Paranaguá. No entanto, o número não reflete a realidade local, uma vez que, em muitos casos, o caminhoneiro não procura o órgão para fazer o registro.

Além disso, diariamente recebemos mensagem da nossa central informando que os infratores sociais fazem barricadas no meio da rodovia para tentar as ações”, afirma.

Desta forma, com o reforço das rondas realizadas pela PRF e FN, bem como com as operações promovidas pela PM, o objetivo é diminuir a incidência do problema das vazadas em Paranaguá.