Problema solucionado: caso antigo de alagamento no Jardim Guaraituba, em Paranaguá, está resolvido

Quem mora na rua Apiacas, no Jardim Guaraituba, em Paranaguá, já estava acostumado a viver um caos sempre que chovia. Os alagamentos eram constantes e, para driblar a situação, os moradores chegaram a construir suas casas acima do nível da via, buscando uma forma de se defender contra a água.

No entanto, há algum tempo a situação é outra; apesar dos dias de chuva incessantes no final de novembro e início de dezembro, a rua se manteve sem nenhum ponto de alagamento. O que aconteceu?

O JB Litoral conversou com o secretário municipal de Obras, o engenheiro civil Ildeivan da Silva Júnior, que contou, com alegria, sobre a transformação da rua. Ele também explicou que o acúmulo de água acontecia devido à formação de uma ‘bacia’ entre a avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, rua Capibaribe, rua Araguari e rua Apiacas.

“Era muito estranho ter esse problema ali, porque embora seja uma bacia, é um ponto alto em relação ao rio, já que o terreno não é alto. Mas existia esse problema devido à topografia do terreno”, diz.

Para identificar as causas do problema que gerou tantos prejuízos aos moradores, a secretaria de Obras passou a realizar levantamentos topográficos no local. Foram feitas diversas sondagens para descobrir, enfim, o que estava acontecendo para que a água da chuva não fosse escoada da maneira adequada.

Rede não estava operando direito

Ildeivan conta que já existiam redes de drenagem na região, mas que durante os estudos feitos pela secretaria foi verificado que uma delas não estava operando conforme deveria. “Abrimos essa rede para entender o que de fato estava acontecendo e encontramos ela totalmente assoreada, com muita areia, e os tubos não estavam alinhados. Então, com o passar dos anos, porque é uma rede relativamente velha, ela foi se estragando”, informa.

O histórico caso de alagamentos já tinha uma possível causa, e o secretário decidiu testar. A rede antiga foi retirada, uma nova foi assentada, com tubulação de metro; todas as interligações foram feitas, as tomadas da água foram reforçadas com bocas de lobo e a nova rede foi alargada até a esquina com a rua Araguari. Bingo! Até o momento, problema resolvido.

“Antes, a rua tinha apenas uma travessia com duas tomadas de água, agora temos seis, com seis travessias. Também fizemos tomadas de água na esquina com a Capibaribe, para evitar que a água que vem da avenida Bento Rocha entre na rua Apiacas”, acrescenta Ildeivan.

Moradores estão felizes da vida

Quem pode responder se todo esse trabalho – que levou 45 dias desde o início da sondagem até a conclusão, com a repavimentação da via – deu certo são os próprios moradores. E eles respondem com certeza: “sim!”.

Paulo Roberta Costa de Oliveira mora na Apiacas há 45 anos e possui um bar em frente à sua casa há 33; ele já chegou a pensar que os alagamentos nunca teriam fim. “Toda a vida foi com alagamentos, já aumentei minha casa, ergui meu bar, fiz barricadas no muro e no portão, tudo por causa da chuva. A água entrava dentro de casa, aprendi a nadar aqui dentro”, brinca.

Segundo ele, a rua virava um ‘mar’. “Agora depois que mexeram aqui, fizeram o manilhamento e o asfalto, parou de alagar. Faz uns três meses já. Na minha casa entrava água até o joelho, já perdi muitas coisas”, conta ao JB Litoral.

O secretário Ildeivan reforça as palavras de Carlos, garantindo que o trabalho na região deu muito certo. “Já passamos alguns episódios de grandes chuvas e não tivemos nenhum problema. A rede tem se comportado muito bem”, afirma.

Entretanto, ele informa que a secretaria de Obras continuará monitorando o lugar, bem como outros pontos de alagamento no município. Para ele, embora o problema esteja aparentemente resolvido, a situação precisa continuar sendo observada até que haja a certeza de que foi solucionada, até porque haviam outras hipóteses para as causas dos alagamentos. 

Por ora, todos os moradores da rua e parte dos moradores da Capibaribe estão felizes da vida. O serviço realizado na via foi executado pelos servidores da secretaria de Obras, com material e maquinário próprios do Município.