Secretário de Educação de Matinhos rebate denúncia anônima contra Rede Municipal de Ensino
Na primeira semana deste mês de setembro, as escolas municipais de Matinhos foram alvo de uma denúncia anônima, realizada pelo canal de atendimento do Conselho Tutelar do município. De acordo com a denúncia, os professores da rede estariam terminando as aulas mais cedo e obrigando os alunos a limparem as salas.
A presidente do Conselho, Gabriele Robaina, encaminhou um ofício à Secretaria de Educação relatando a acusação e solicitando esclarecimentos. Em resposta, a pasta convocou uma reunião nesta sexta-feira (15) com representantes do órgão e as diretoras responsáveis pelas sete escolas do município.
Durante o encontro, as diretoras argumentaram que, se a queixa fosse legítima, partiria dos pais dos alunos, que entrariam em contato com a direção, e não fariam a denúncia anônima. Anteriormente, os representantes das escolas já tinham criado um relatório conjunto em que explicam a rotina dos alunos e encaminhado ao CT.
De acordo com o secretário da Educação, Mário Braga, o caso não passou de uma denúncia infundada, realizada com a finalidade de prejudicar o trabalho da pasta.
“Isso é um absurdo, uma inverdade. Essa denúncia nos entristece porque nós temos muitas questões para lidar, aí surge uma denúncia anônima com o intuito de causar transtorno perante os pais e a comunidade. Isso nunca existiu”, alegou o secretário na live da Prefeitura de Matinhos.
Mário ainda destacou que a rede pública possui professores comprometidos com a educação, e que, apesar da escassa mão de obra, o município dá conta da demanda e nunca infringiria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei nº 9.394/1996.
“Registramos tudo em ata e encaminharemos para o Ministério Público para que a questão seja esclarecida, porque essa denúncia, além de não agregar no nosso trabalho, prejudica o desenvolvimento do município”, explica.
Apoio popular
Nas redes sociais, os matinhenses demonstraram apoio aos profissionais da educação e condenaram a atitude do denunciante. O morador Rogério Candido da Silva ainda chamou atenção para o modelo educacional japonês, em que os alunos auxiliam na limpeza do ambiente como forma de aprender desde cedo a ter responsabilidade.
“O sistema educacional japonês acredita que exigir que os alunos limpem o local onde estudam os ensina a trabalhar em equipe e ajudar uns aos outros. Além disso, gastar seu próprio tempo e esforço varrendo e esfregando faz as crianças respeitarem seu próprio trabalho e o trabalho dos outros”, destacou Rogério.
Indara Thyago Lourenço Costa, mãe de uma aluna, também se manifestou sobre a acusação. “Minha filha mais velha estuda numa escola em matinhos e ela disse que nunca limpou a sala, só pedem para guardar os materiais, ver se não tem nada no chão e colocar a carteira no lugar. Isso não é limpeza, é só organização”, disse nas redes sociais.
*Com informações da Prefeitura de Matinhos