Trajeto entre Antonina e Guaraqueçaba ainda não tem empresa definida


Por Redação Publicado 16/03/2022 às 18h53 Atualizado 17/02/2024 às 04h00

Por Brayan Valêncio e Luiza Rampelotti

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) segue convocando empresas do setor de transporte intermunicipal de passageiros para operar provisoriamente a linha Antonina – Guaraqueçaba.

Em fevereiro o JB Litoral chegou a divulgar uma reportagem explicando que a Viação Graciosa, empresa que fazia o transporte de passageiros entre os municípios de Antonina e Guaraqueçaba, solicitou a desistência na continuidade da prestação do serviço.

O trajeto passa pela PR-340 e pela PR-405, em uma extensão de aproximadamente 100 quilômetros, sendo a única opção de transporte público intermunicipal de Guaraqueçaba, cidade de cerca de 7,5 mil habitantes. Atualmente são duas viagens diárias em cada sentido, às segundas-feiras, quartas-feiras, sextas-feiras, e aos sábados, domingos e feriados. O tempo médio de percurso é de 3 horas e 30 minutos.

Em entrevista à reportagem, à época da desistência, o diretor-geral do DER, Fernando Furiatti Saboia, diz que uma nova licitação para contratar o serviço estava sendo realizada. “Para essa contratação provisória, as empresas precisam estar registradas no DER e, se houver mais de uma interessada, a escolha se dará por meio da análise dos requisitos exigidos pelo órgão e da capacidade técnica operacional mais adequada”, diz.

Linha deficitária e má qualidade no serviço 

Procurada pelo JB Litoral, a Graciosa disse que a justificativa para a desistência da prestação do serviço é que a “linha é altamente deficitária, trafegando por estrada em condições precárias”. O DER também afirma que o trajeto em questão “apresenta um número muito baixo de passageiros e um elevado custo de manutenção mensal, tendo sido a linha transformada de rodoviária para metropolitana (veículos mais altos e adequados para estrada com revestimento primário), bem como diminuída a frequência, na tentativa de melhorar o aproveitamento, o que não ocorreu”. 

Segundo moradores da região, vários usuários que utilizavam o transporte reclamavam das condições do veículo disponibilizado. Alguns passageiros registraram, por meio de vídeos e fotos, momentos inusitados, como uma senhora com a sombrinha aberta dentro do ônibus, devido a quantidade de goteiras no interior do coletivo. 

Outros registros flagraram passageiros viajando sentados nos degraus das escadas que dão acesso à entrada e saída do ônibus e outros, ainda, viajando em pé. Além disso, os clientes também reclamavam do valor pago pelo transporte, que era de R$ 9,32 por passageiro.