3 adolescentes do litoral conquistam bolsa e vão estudar no Canadá


Por Publicado 15/12/2021 às 18h07 Atualizado 16/02/2024 às 21h38

Três alunos da Rede Pública de Ensino do litoral foram selecionados para participar do programa Ganhando o Mundo, do Governo do Paraná. A iniciativa teve milhares de inscritos e os vencedores receberam ontem (14), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, os certificados de conclusão do curso de inglês preparatório para a viagem internacional.

O documento entregue pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) foi o último capítulo antes do intercâmbio ao Canadá, programada para 2022. Lá, na América do Norte, os jovens de 14 a 17 anos, vão estudar por um semestre letivo com todos os gastos pagos pelo Estado e uma ajuda de custo mensal de R$ 800. “Os representantes foram selecionados entre 1 milhão de estudantes porque fizeram por merecer. Estudaram e se destacaram. Queremos que eles voltem como líderes, exemplos e referências dentro da sala de aula, da escola, da comunidade e da família. Retornem inspirados para que o Paraná e o Brasil possam um dia também ser um Canadá”, afirmou o governador.

A seleção dos intercambistas foi feita com base no desempenho escolar. Era preciso ter média maior ou igual a 7,0 em todas as matérias e frequência maior ou igual a 85%. Para chegar à pontuação final, foram somadas as médias de todas as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) cursadas em 2020 no 9º ano. “Esses alunos vão trazer para o Paraná o primeiro mundo, conhecer um novo país, desenvolvido, aprender uma segunda língua e se tornar cidadão do mundo”, ressaltou Ratinho Junior.

Foto: José Fernando Ogura/ Agência Estadual de Notícias

Em contato com a reportagem, o estudante parnanguara, João Pedro Lana Santos ressalta que não imaginava que conseguiria ser um dos escolhidos. “Quando me inscrevi no programa, foi apenas por recomendação da minha professora de inglês, pois não acreditava muito que em meio a diversos alunos que se inscreveram eu passaria nesse intercâmbio, representando toda a cidade de Paranaguá”, explica.

O jovem de 16 anos e que estuda no Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga. também diz que é um momento único em sua vida. “Estou bem ansioso para a viagem. A cada dia que passa a ansiedade aumenta, porque estou mais perto de realizar esse sonho“, diz.

A adolescente, Graziela dos Santos Rossoni, de Guaraqueçaba, diz que se sente honrada com a oportunidade. “Eu só tenho a agradecer todo o apoio que recebi. Vou sentir muita saudade de todos nesses meses longe. Queria lembrar dos meus avós que sempre me apoiaram nos estudos, meu avô Francisco me levava sempre de bicicleta para a escola e quando voltava os dois estavam me esperando na área de casa. Isso foi importante também, porque sem o incentivo desde pequena, eu não chegaria onde cheguei“, ressalta a menina de 16 anos.

Graziela, aluna do Colégio Estadual Marcílio Dias, também comemorou a 7ª colocação geral da disputa que envolveu milhares de estudantes por todas as cidades paranaenses. “Está sendo incrível, afinal de contas eu vivo em uma cidade pequena, então é surreal pensar que vou poder ‘ganhar o mundo’“, celebra.

Foto: Lucas Fernin/ Secretaria de Educação do Paraná

Carlos Eduardo Soares Pereira, também de 16 anos, conta que não acreditou quando descobriu que havia sido aprovado. “Estava na sala da minha casa quando o site da secretaria de Educação publicou um artigo com a lista dos 100 alunos escolhidos. Procurei meu nome, um pouco incrédulo, e o achei entre os alunos. Na hora fiquei sem reação e liguei para minha mãe, que chorou assim que contei sobre ter conseguido a vaga. Demorou cerca de três dias para que finalmente conseguisse acreditar no que havia acontecido“, relembra.

O antoninense que está cursando o Ensino Médio no Colégio Estadual Cívico Militar Moysés Lupion, também diz que pretende aproveitar cada seguindo do período que estiver fora do Brasil. “Minhas expectativas estão altas, pois sempre tive um grande apreço pelo Canadá e por sua cultura. Espero poder conhecer pessoas incríveis e aumentar meu repertório sociocultural, para ajudar no avanço da educação de nosso país“, conclui.

Os estudantes viajam em fevereiro de 2022 e devem ficar no hemisfério norte por seis meses.