Adolescente de 15 anos foge de casa em Matinhos e é encontrada em Paranaguá
A Polícia Militar de Paranaguá lidou com uma situação inusitada na manhã desta segunda-feira (4). Acionada pela reportagem do JB Litoral, os agentes foram ao resgate de uma adolescente de 15 anos que está desde a noite de ontem (3) vagando pela região da PR-407, próximo a um comércio de telhas.
A jovem foi encontrada por Weverton Crescencio, dono de uma lanchonete, às 20h de domingo. “Na noite de ontem eu cheguei ao meu estabelecimento e vi aquela menina no canto. Percebi que ela estava estranha e quieta. Eu cheguei a perguntar como ela estava e a resposta foi que estava bem. Teve música ao vivo e ela continuou a noite por aqui. Quando eu fui embora, ainda a vi no mesmo lugar”, explica.
O comerciante explica que hoje, às 12h, ao voltar para o seu local de trabalho, novamente encontrou a adolescente. “Quando retornei, ela estava sentada no chão. A menina então me disse que dormiu no chão e que estava sem comida e sem água. O seu relato era de que veio de Curitiba após uma briga com o noivo. O objetivo dela era morar aqui”, explicou.
Pessoas que tentavam auxiliar a adolescente relataram que ela parecia não estar completamente conciente, mas que também não tinha qualquer sinal de que teria usado drogas ou tomado bebidas alcoólicas. A dificuldade para relatar um endereço e até para citar o próprio nome foi o que causou a preocupação nos populares.
Com a chegada do JB Litoral ao local, a polícia foi acionada e a jovem levada à delegacia. A sua identidade foi confirmada pela mesma aos agentes e, segundo a própria, sua ida até Paranaguá foi sozinha e a pé.
Avós idosos criaram neta
Na manhã de domingo, dois idosos de 69 e 74 anos, procuraram a delegacia de Matinhos relatando o desaparecimento da neta de 15 anos.
No boletim de ocorrência obtido pela reportagem, os avós paternos ressaltam que a mãe da jovem é moradora de rua há 4 anos e que o pai da menina – que é filho deles – a entregou para ir morar em Fortaleza, no Ceará.
O casal também ressaltou que a adolescente sofre de problemas psiquiátricos, que apesar da idade, não sabe ler e escrever e que não é a primeira vez que foge de casa.
Ao acordarem às 6h da manhã no domingo, os idosos notaram que a neta não estava em casa e que tinha saído com o celular da avó, mas apesar das tentativas de entrarem em contato, o telefone estava desligado.
O Conselho Tutelar já havia sido acionado pelos próprios responsáveis pela guarda da menina. A Secretaria de Ação Social de Paranaguá também está tentando entrar em contato com o pai para assumir a responsabilidade pela filha.
Procurada para comentar o caso, a pasta não respondeu aos questionamentos da reportagem.
