Ampliação do terminal de líquidos da CBL torna o porto de Paranaguá ainda mais competitivo no cenário mundial


Por Luiza Rampelotti Publicado 17/03/2022 às 17h23 Atualizado 17/02/2024 às 04h10

Atuando em Paranaguá desde o ano 2000 com o terminal portuário de grãos que movimenta, anualmente, cerca de 3 milhões de toneladas de soja e milho, apenas em 2018 a Companhia Brasileira de Logística (CBL) passou a atuar no seguimento de líquidos. Com isso, o terminal de líquidos da empresa movimenta diversos tipos de granéis líquidos, entres eles biocombustíveis e outros produtos essenciais, no porto da cidade.

A CBL faz parte do grupo Interalli – Terminal Portuário, um dos nove terminais privados que operam no porto, por meio de concessão da empresa pública Portos do Paraná. E, somente quatro anos após o início da operação com líquidos, a Companhia Brasileira de Logística já consegue ver a expansão de seus serviços.

A partir de agora, a empresa dará início à ampliação de seu terminal de líquidos, aumentando a capacidade de 100 mil para 170 mil metros cúbicos. O investimento total será de R$ 70 milhões e deverá gerar 350 empregos indiretos no decorrer da obra, que deve durar 18 meses, e mais 50 postos de trabalho assim que concluída.

Na segunda-feira (14), o prefeito Marcelo Roque (Podemos), junto ao secretário municipal de Urbanismo, Koiti Cláudio Takiguti, entregou o alvará de construção para o gerente geral da CBL, Carlos Camillo Júnior. “Estamos muito contentes em poder trazer essa obra para Paranaguá, a qual, naturalmente, irá gerar mais empregos, renda e oportunidade aos jovens”, diz Carlos.

De acordo com ele, atualmente, a empresa emprega cerca de 100 funcionários e, com a conclusão da ampliação, deverá contratar mais 50 para o quadro fixo. Ele destaca que ao fim da obra, a CBL terá o segundo maior terminal de líquidos de Paranaguá.

Porto mais competitivo

Mas, para além da geração de emprego, a obra reflete, também, na melhor concorrência e credibilidade do porto de Paranaguá. “Entendemos que a obra é muito importante não só para Paranaguá como também para o Paraná. O município portuário vem se consolidando como um porto referência no Brasil, sendo um dos maiores do país, e esta ampliação faz com que a cidade tenha uma capacidade de armazenagem de líquidos para atender o cenário mundial de forma melhor”, afirma o gerente geral.

Para o prefeito Marcelo Roque, a realização de investimentos desse porte mostra que o município está na contra mão do restante do Brasil, especialmente em um momento de pandemia, que gera crise econômica e financeira no mundo. “Ficamos felizes em tirar este investimento do papel com a entrega do alvará de construção, fomentando a criação de emprego e renda, o que garante a movimentação dos cofres públicos para podermos investir em saúde, educação e segurança. Isso é muito importante neste período que vivemos no Brasil uma pandemia”, diz.

Mais investimentos

Recentemente, a prefeitura afirma que também autorizou obras das empresas Coamo e Terin e, ainda em março, a empresa Ascensu receberá alvará de construção e há outros em estudo. Com isso, a geração de emprego deve atingir índices mais altos nos próximos meses.

O secretário de Urbanismo, Koiti Takiguti, reforça a importância do trabalho de toda a equipe da pasta para os processos de concessão de alvará. “Temos feito um programa que objetiva acelerar os procedimentos administrativos para trazer o crescimento e geração de empregos para Paranaguá, algo que está funcionando. Trabalhamos com responsabilidade tanto na área urbanística quanto ambiental, sem deixar de atender nenhum critério legal”, comenta.

Ele explica a respeito dos novos investimentos realizados no município. “A Ascensu realizará um investimento de R$ 25 milhões para construir um terminal de veículos com capacidade para 4 mil veículos. Durante a fase de obras, haverá um pico de contratação de 70 trabalhadores. Já na fase de operação, o terminal iniciará com cerca de 30 trabalhadores e a intenção é de aumentar as contratações anualmente”, diz.

Koiti também informa que a Coamo realizará obras no terminal de granéis sólidos, que terá capacidade de armazenamento de 150 mil toneladas. O investimento é de R$ 200 milhões e serão gerados 500 empregos na fase de obras, já após a conclusão serão contratados 45 funcionários.

A CPA/TERIN também está investindo na ampliação do terminal de granéis sólidos em 200 mil metros cúbicos de capacidade estática de armazenamento. O investimento é de R$ 400 milhões e, por conta das obras, 300 empregos serão gerados. Já quando a ampliação for concluída e o terminal estiver operando, mais 100 empregos diretos serão gerados”, conclui.