Após oito anos, porto de Paranaguá volta a embarcar madeira no porão de navios
O porto de Paranaguá voltou nas últimas semanas a operar a embarcação de madeira de uma forma tradicional. A operação, que é conhecida há muitos anos, deixou de ser praticada a pelo menos oito, mas em julho, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) resgatou esta tradição. O procedimento é realizado em navios break bulk, o que na tradução livre para o português significa “carga fracionada”, e utiliza os porões das embarcações.
“A falta de contêineres no mundo faz o mercado buscar outras soluções. Na época, a oferta de contêineres no mercado facilitou a migração nesse transporte. Os contêineres voltavam vazios, o que barateava o frete. Hoje, porém, a realidade é outra”, afirma o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, sobre a motivação para essa retomada. O embarque mais recente foi realizado pela TCP no dia 22 de julho. No berço 215, a empresa operadora portuária carregou quase 1,38 mil toneladas de madeira direto no porão do navio Hosanger. O produto foi enviado para os Estados Unidos.
Segundo os registros da Diretoria de Operações da Portos do Paraná, o último embarque do produto para exportação em navios de carga geral é datado de 2013. Os operadores de madeira break bulk, à época, no Porto de Paranaguá eram a extinta Estinave (que operava para o também já extinto PFT Paranaguá Terminais de Produtos Florestais Ltda) e a Marcon, além da TCP.
“Antes era comum esse embarque no nosso cais comercial, principalmente no berço 202”, afirma Teixeira. Porém, com o passar dos anos, já nos primeiros anos de 2010, segundo o diretor de operações, os volumes de madeira embarcados em break bulk foram gradativamente reduzidos. Agora com a baixa oferta de contêineres este tipo de operação volta a ser empregado.
Por Marinna Protasiewytch com informações da Portos do Paraná