Após quatro anos UPA é entregue, mas sem data para inauguração


Por Redação JB Litoral Publicado 04/04/2015 às 10h00 Atualizado 14/02/2024 às 06h53

  Após quatro anos de espera, a obra da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paranaguá, localizada ao lado da Praça Portugal, foi concluída. As chaves do prédio foram entregues na manhã desta sexta-feira (27), pela construtora APN Engenharia ao prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB), no Palácio São José. Porém, a UPA não pode ser utilizada ainda pela população, pois está sem equipamentos. O JB acompanhou todo o imbróglio dessa obra que pode durar ainda mais alguns meses.
  A obra foi iniciada em novembro de 2010 – fruto de um pedido feito pela gestão anterior ao Governo Federal, incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).   Com um investimento de R$ 1.569.250,52 em recursos federais, através do Serviço Único de Saúde (SUS), em 2012, a obra foi paralisada vítima de obstáculo que se iniciou com uma denúncia no Ministério Público do Paraná (MPPR), em razão da tentativa de demolição do prédio onde funciona o Grupo de Apoio ao Programa de Educação Respiratória (Gaper) e o processo eleitoral, para escolha do novo prefeito da cidade. Após os imbróglios no MPPR, a obra foi retomada em outubro de 2012 pela empresa APN, que iniciou os trabalhos em abril de 2013 com promessa de conclusão em dezembro do mesmo ano, num período de execução de oito meses. Em agosto de 2014, o JB voltou a publicar reportagem sobre o assunto e a resposta do Executivo era que em outubro do mesmo ano seria entregue, algo que não aconteceu.
  Em janeiro deste ano, a reportagem do JB voltou a questionar a demora da conclusão. Em nota, a Prefeitura afirmou que faltavam apenas fazer a baritagem (blindagem) da sala de Raio-X, que é quesito obrigatório para funcionamento da estrutura – conforme normas do Ministério da Saúde. Segundo o responsável pela empresa APN, o engenheiro Augusto Pinto Neto, o atraso ocorreu devido a esse aditivo no valor do projeto. “Houve alguns equívocos no projeto. Precisou acrescentar um aditivo de valor, porque algumas artes do projeto não estavam contempladas na planilha inicial. Foi o que atrasou a obra, mas agora está pronta”, declarou.

Compras de equipamentos

  Segundo a Prefeitura, a UPA receberá demanda de serviço que hoje é executado no posto de saúde Dona Baduca e no Hospital João Paulo II. O próximo passo é informar a conclusão da obra ao Ministério da Saúde, que deverá vistoriar o prédio. Em seguida, com recursos liberados, começa o processo licitatório para compra dos equipamentos, bem como a viabilização da contratação de profissionais médicos, enfermeiros e de apoio com capacitação técnica, processo que poderá demorar alguns meses devido a toda burocracia.
  Em entrevista ao site oficial do município, o prefeito Kersten comemorou o fato de estar cada vez mais próximo o dia para abertura da UPA. “Nossa população terá um grande ganho com a Unidade de Pronto Atendimento em funcionamento. Ela vai funcionar com um pequeno hospital, num espaço que terá estrutura para manter pacientes em observação em caso de emergência. Será um salto importante na qualidade de atendimento”, destacou ele.