Appa vai armazenar e movimentar Coque Verde de Petróleo em Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 30/03/2015 às 10h00 Atualizado 14/02/2024 às 06h47

  No último sábado (21), a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) publicou na imprensa em Paranaguá, um Requerimento de Licenciamento Ambiental Simplificado (RLAS) requerendo ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a movimentação e armazenamento de Coque Verde no terminal Barão de Teffé em Antonina.

  De acordo com a Petrobrás, o Coque Verde de Petróleo (CVP) é um produto sólido produzido por meio do craqueamento térmico de óleos pesados em uma unidade de processo denominada Unidade de Coqueamento Retardado (UCR). Esta unidade permite que as refinarias consigam converter cargas de maior peso molecular, proveniente de fases de refino anteriores, em produtos leves de maior valor agregado como óleo diesel, naftas e GLP. O CVP é um dos produtos gerados nesse processo.
  O CVP, oriundo de refinarias da Petrobrás, apresenta baixo teor de enxofre, elevado teor de carbono fixo, baixo teor de cinzas, elevado poder calorífico e alta estabilidade química. É um produto insolúvel em água, não explosivo, não reativo e que apresenta um alto ponto de ignição. Atualmente, as duas fontes do produto que abastecem o mercado nacional são a Petrobras, que comercializa CVP com baixo teor de enxofre (BTE) e a importação direta, por meio da qual as indústrias nacionais adquirem CVP com alto teor de enxofre (ATE).O Coque Verde da Petrobrás possui carbono fixo, enxofre, matéria volátil e poder calorífico.
 Apesar destas informações da Petrobrás, em julho do ano passado, a prefeitura da cidade portuária de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, proibiu a descarga de toneladas de Coque Verde pelo navio “Daydreame Believer” que ficou fundeado na Baía Babitonga.
  De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Fernanda Vollrath, a carga é composta por enxofre, metais pesados e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos os quais são tóxicos que podem comprometer a saúde humana e poluir o meio ambiente tanto pelo pó químico proveniente do produto, quanto por sua queima. “Já notificamos o porto para que esta carga não desembarque aqui até que se tenha total consciência da periculosidade do produto”, afirma Vollrath.