Árvore de Natal feita com “lixo” alerta sobre os riscos de não cuidar do meio ambiente em Paranaguá


Por Gabriel Santos Publicado 17/12/2021 às 14h07 Atualizado 16/02/2024 às 21h46

Quem passar pelo Palácio Mathias Böhn, em Paranaguá, não deve estranhar a árvore de Natal feita toda de materiais recicláveis. O curso de Biologia, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), prepara a inauguração de uma ação especial, na sexta-feira (17), que aborda o tema natalino junto à preservação do meio ambiente.

Realizado em conjunto com o programa de extensão Universidade Sem Fronteiras, o projeto resulta da iniciativa Década do Oceano (2021-2030), criado pela Nações Unidas (ONU). A preservação da vida marinha está entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem implementadas na agenda dos países.

Ao invés dos pinheiros, a base da árvore foi criada por uma rede de pesca ilegal doada pelo Instituto Água e Terra. As usuais decorações deram lugar aos resíduos coletados na orla da Rua da Praia, durante dois dias, por 30 minutos.

Dariana de Morais, bolsista recém-formada pelo Universidade Sem Fronteira, enfatiza a relevância de conscientizar as pessoas. “Queremos mostrar um natal diferenciado aos moradores da cidade, mostrando a importância dos oceanos. Muitos dos animais que a gente consome e comercializa vivem no meio do lixo e pretendemos surpreender a todos com a mensagem”, exalta a estudante.

O Centro Cultural da UNESPAR fica aberto à visitação, das 14h às 20h, até 23 de dezembro. No primeiro dia da abertura do circuito, os idosos pertencentes ao coral da Universidade Aberta À Terceira Idade (UNATI) cantam músicas natalinas às 18h. Como forma de aprofundar mais o assunto, o local contará com banners informativos e coleções de animais consumidos na região do setor de zoologia. A entrada é franca.

Aproveitamos o programa da ONU, que procura voltar as atenções a cultura oceânica, por isso, pensamos em fazer um ato simbólico para os parnanguaras, para que se reflita qual é a participação deles na degradação do meio ambiente”, explica a docente em zoologia, Yara Aparecida Tavares.