Assassino chama taxista pelo nome e atira em seguida


Por Redação JB Litoral Publicado 04/05/2021 às 20h14 Atualizado 16/02/2024 às 01h14
Robson entrou em óbito no local

Um motorista de táxi foi assassinado a tiros, na madrugada desta terça-feira, 4, em Paranaguá. Robson Cleber Ziemmer, de 47 anos, foi chamado pelo nome antes de ser baleado pelo autor dos disparos.

O crime ocorreu por volta das 2h50, na Avenida Senador Atílio Fontana, no Parque São João, onde a vítima se encontrava com o seu veículo. No carro também estava uma mulher que foi testemunha do crime.

Alvejado com dois tiros na nuca, Robson não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito antes que pudesse receber os primeiros atendimentos de uma equipe do Samu, a qual se deslocou ao local para socorrer o taxista e verificou que ele não havia resistido aos ferimentos.

Policiais militares do 9º Batalhão também foram ao local e a testemunha informou que estava no táxi, quando um homem se aproximou pela janela dianteira esquerda e chamou Robson pelo nome. Em seguida, o suspeito apontou uma arma de fogo e realizou três disparos contra o taxista, fugindo na sequência, a pé, tomando rumo ignorado.

Foi feito patrulhamento pela região, mas o atirador não foi localizado. O local do crime foi isolado para as análises da Polícia Científica e, em seguida, o corpo de Robson recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá, para exames complementares. Uma equipe da Polícia Civil também foi ao local, em busca de informações para dar início às investigações.

Conforme foi apurado pela polícia, ao ser feita a consulta do nome do taxista, foi constatado que ele tinha passagem pelo sistema penitenciário por um homicídio ocorrido em 2003. A vítima foi o filho dele, que tinha três anos e acabou morrendo em decorrência de espancamento.

FILHO

Raul Ziemmer, de três anos, chegou sem vida ao posto de saúde Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na noite do dia 19 de junho de 2003. Na ocasião, o médico que recebeu a criança percebeu os sinais de agressão e chamou a Polícia Militar. Robson e sua companheira, Neusa Dias Lopes, com 29 anos, madrasta da criança, acabaram autuados em flagrante por homicídio na delegacia do município.

Conforme foi apurado na época, Raul já tinha sido tirado do pai, quando tinha dois anos de idade, devido espancamento e maus-tratos. Porém, depois de duas semanas sob a guarda da Justiça, o menino foi devolvido à família. Ao ser preso, Robson negou que o menino já estivesse morto ao ser levado por ele, com a ajuda de vizinhos, para o posto de saúde.

No entanto, o exame médico constatou que a criança já havia morrido pelo menos uma hora antes de receber socorro. Ao ser questionado sobre o espancamento, Robson teria se justificado dizendo que havia se descontrolado. Julgado em 2006, o taxista foi condenado a uma pena de 19 anos de prisão. Em 2016 ele foi colocado em liberdade condicional e, depois disso, veio morar em Paranaguá.

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