Polícia Civil entrega investigação ao Ministério Público da Vara Criminal


Por Redação JB Litoral Publicado 01/06/2018 às 16h12 Atualizado 15/02/2024 às 03h19

Faltando menos de 10 dias para completar dois meses do atentado à bala na sede no JB Litoral, a 1ª Subdivisão Policial de Paranaguá repassou o que foi apurado na investigação para análise da Vara Criminal do Ministério Público do Paraná (MPPR) em Paranaguá.

Foi o que o informou o Delegado Chefe que comanda a investigação, Drº Rogério Martin de Castro, na sexta-feira (25).

Agora cabe ao Promotor de Justiça da 6ª Promotoria, Drº Rodrigo Otavio Mazur Casagrande, avaliar o que foi apurado para que a Delegacia de Polícia dê conclusão ao inquérito policial e apresente ao Juiz da Comarca para que tome as providências necessárias.

Delegado Chefe Dr. Rogério de Castro chefia as investigações

Por estar em segredo de justiça, Drº Rogério de Castro não pode dar detalhes do que foi apurado neste período, para não comprometer as investigações e as ações a serem executadas. Porém, o Jornalista Gilberto Fernandes, que correu o risco de ser baleado por três dos quatro disparos efetuados contra a sede do jornal, se mostrou otimista pelo que teve conhecimento do resultado do trabalho da equipe policial designada, especificamente para este caso, pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

Na verdade, esta é a segunda equipe de investigação responsável pelo caso, uma vez que a que deu início aos trabalhos, a qual tinha como responsável o Delegado Adjunto Drº Nilson Diniz, foi trocada no mês passado, quando o comando passou ao Drº Rogério e para outros dois policiais vindos da Capital.

Vale destacar que, no início das investigações, o delegado adjunto destacou se tratar de um crime cometido por motivação política e que seria tratado como tentativa de homicídio, por seus autores assumirem o risco de matar quem estivesse no interior do jornal naquele momento, uma vez que o local onde a edição é produzida ser também é anexado moradia da família. 

Repercussão nacional e internacional

Por se tratar de um atentado, não só contra a vida, mas ferindo a liberdade de imprensa, o caso teve repercussão nacional e internacional, por importantes veículos de comunicação como os que defendem os jornalistas no Brasil e no mundo. É o caso do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), instituição internacional, com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), a qual está empenhada em denunciar e documentar as violações da liberdade de imprensa em todos os lugares do mundo. Da mesma forma que a ONG francesa, que atua em defesa da categoria, Repórter Sem Fronteiras.

Presidente do Sindijor, Gustavo Henrique Vidal cobrou rigor nas informações

No Brasil, entidades como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) e, no Paraná, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná (SINDIJOR) criticaram e repercutiram o atentado, além de exigirem rigor na investigação do caso que assustou moradores do litoral e jornalistas de todo o Paraná. “Vamos pedir para as autoridades rigor nestas informações. Precisamos identificar quem são as pessoas que querem impedir que jornalistas cumpram com seu papel que é o de informar a sociedade. Isto não pode ser cerceado de forma alguma, pois nós temos que ser livres para trabalhar de maneira ética dentro da profissão, para assim poder noticiar à sociedade”, disse o Presidente do Sindijor, Gustavo Henrique Vidal, em entrevista para a TVCI de Paranaguá. 

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