Chamada de “Avenida da Morte”, Bento Rocha continua com crateras e rachaduras


Por Redação JB Litoral Publicado 06/11/2016 às 17h35 Atualizado 14/02/2024 às 16h53

 Vereador mostra buraco diante do terminal da  PASA. Foto/JB

A mais recente fatalidade ocorrida na segunda-feira (24), que resultou na morte de um trabalhador, motivou o Vereador Adriano Ramos (PHS) a apresentar novo pedido de informação sobre a obra de revitalização da Avenida Bento Rocha, que ele caracterizou como a “Avenida da Morte”, na quinta-feira (27) em Paranaguá.  
 

Com um discurso indignado, o vereador reeleito teve aprovado por unanimidade seu requerimento pedindo informações das seguintes autoridades: Prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB), Governador Beto Richa (PSDB), Diretor presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Luiz Henrique Tessuti Dividino e do Presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), Ademar Traiano, de quando a obra de recuperação daquela via terá início.   
 
 

Ele destacou o fato de o Diretor Comercial, Lourenço Fregonese, ter anunciado no plenário da Câmara que a obra começaria no início de 2016. Após o anúncio feito pelo próprio Dividino, por meio da solicitação 803/2015, de que a obra iniciaria em setembro de 2015. O que não aconteceu.  

O Vereador e Vice-prefeito eleito, Arnaldo Maranhão (PSB), de posse de farta documentação, em um aparte, reforçou as críticas e a cobrança do colega de plenário, fazendo uma síntese do trabalho da Comissão de Assuntos Portuários e Turismo do qual é presidente, no sentido de cobrar da APPA e do Governador Beto Richa, a realização da obra desde 2014, por meio do ofício 02/2014, quando cobrava a vinda de Dividino ou seu representante para apresentar o Projeto de Recuperação e Execução e o início da obra da Avenida Bento Rocha.   

Passados mais de um ano do anúncio da obra de recuperação da Avenida, a principal via de acesso ao porto continua sendo uma perigosa aventura com iminente risco de morte, para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres em Paranaguá. A última delas ocorrida na semana passada.

 

Carretas na contramão e ciclovia intransitável

Perigo; carretas trafegam na contramão para desviar das crateras. Foto:JB

Mesmo com recursos já alocados pela APPA na ordem de R$ 14.665.313,88, a Bento Rocha se tornou um retalho de asfalto no concreto a fim de minimizar o impacto das rachaduras, que abriram crateras ao longo de grande parte do trecho. 

No sábado (29) a reportagem percorreu a extensão da avenida, desde a ponte do Rio da Vila Guarani até o Terminal da PASA e constatou o perigo de trafegar pelo trecho de 2.898,34 metros. Acompanhado do Vereador Adriano Ramos, o JB vistoriou os intervalos mais danificados da avenida e constatou o risco de se transitar no local.  O vereador se surpreendeu com o grande número de carretas seguindo na contramão para evitar as crateras e as rachaduras, os muitos bueiros completamente entupidos e a quase toda extensão da ciclovia sem nenhuma condição de uso pelos ciclistas e pedestres.
 

Adriano Ramos entrou em um grande buraco, que fica diante do Terminal da PASA, caracterizando um enorme descaso do Poder Público com empresas geradoras de emprego e renda, não só ao município bem como ao Estado, em razão da operação portuária. Esta situação também é mesma encontrada na maioria dos acessos às principais empresas instaladas em sua extensão, como a Romani, que está com perigosas rachaduras.

A ciclovia está completamente intransitável, devido a enorme quantidade de lama, água suja e matagal na maior parte de sua extensão. 
 

Situação da Ciclovia. Foto:JB