Chapa 2 alega irregularidade e quer impugnar eleição na Costeira


Por Redação JB Litoral Publicado 06/02/2017 às 14h23 Atualizado 14/02/2024 às 20h20

Após sofrer derrota por apenas 23 votos na disputa pelo comando dos destinos Associação dos Moradores do Bairro da Costeira (AMBAC) no dia 29 do mês passado, o presidente da Chapa 2, Carlos Rocha, conhecido por “Carlito Camarão”, que defendeu a chapa intitulada “Ação, Trabalho e Renovação” pretende impugnar o processo eleitoral, alegando irregularidades na condução do pleito pela União Municipal das Associações de Moradores de Paranaguá (UMAMP).

De acordo com Carlito, a mesa dos trabalhos composta pela UMAMP não pediu documento de identificação dos eleitores e tampouco comprovante de residência no bairro e denuncia que pessoas de outros bairros de Paranaguá votaram, configurando uma irregularidade.

Após a eleição, conta o presidente da chapa 2, que lhe foi negado o acesso aos documentos da eleição, inclusive a lista de votantes, porque prova que não consta documento de nenhum dos 808 votantes.

O líder comunitário conta ainda que entrou com um pedido, através do escritório Meira Advogados, Carlito de cópia do edital de convocação de eleição em jornal local, lista de presença, ata de eleição, ata de posse da AMBAC e UMAMP e a relação dos nomes  dos integrantes da Comissão Eleitoral e, mesmo assim, recebeu como resposta que só entregariam com via ordem judicial.

Carlito denuncia ainda o fato do ex-vice-presidente, Maickon Chemure, que tornou público seu apoio ao presidente da Chapa 1, inclusive com postagem nas redes sociais, permanecer por cerca de meia hora sentado na mesa de trabalho junto aos membros da UMAMP.

Também chamou a atenção de Carlito, o fato das cédulas de votação ter acabado por volta das 14hs30 e o próprio Maickon Chemure terem ido buscar mais. Ele conta que até aquele momento já haviam votado cerca de 250 pessoas e, no tempo restante o numero de votantes passou de 500.

Indignado com estas situações Carlito pretende entrar na justiça e pedir a impugnação de todo processo de escolha da nova diretoria, para que a disputa comunitária seja realizada novamente de fora correta e seguindo o que determina a legislação.

O que diz a UMAMP

A reportagem procurou o Presidente da UMAMP, Paulo Sérgio de Carvalho, o Paulinho Pastel, que se defendeu das acusações de irregularidades na condução da eleição.

O dirigente comunitário disse que não foi preciso pedir a documentação de identificação e comprovante de residência por uma razão muito simples. “Os dois concorrentes e os fiscais de chapas decidiram desta forma em virtude que eles conheciam todos os moradores do bairro”, assegurou Pastel.

Sobre Maickon sentar-se à mesa dos trabalhos, o presidente disse ainda que ele não fez parte da chapa 1 que venceu a eleição e, por conta disto, pode fazer parte da mesa.

Quanto à lista de presença, assim como o Livro Ata foram entregues ao presidente eleito no ato da sua posse. “Como o pedido foi feito verbalmente a mim eu apenas disse que não poderia porque as mesmas não estavam comigo”, justificou.

Entretanto, ele vê este pedido de impugnação como um ato lamentável. “O processo ocorreu dentro da normalidade até a apuração dos votos. Como a diferença foi uma margem pequena, a chapa dois encabeçada por Carlito não aceitou a derrota, um dia depois. No término do processo não houve qualquer manifestação nem verbal e muito menos por escrito que seria o correto. Deveríamos constar em ata todos os motivos que foram questionados”, se defendeu o presidente da UMAMP que lembrou ainda que o edital de convocação foi lançado pela AMBAC e não pela UMAMP.

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