Com projetos em várias frentes, Comunidade Viva atende mais de mil crianças, 400 delas em projetos de iniciação a práticas esportivas

Futsal, surf, capoeira, vôlei e, o mais novo integrante do time, o karatê. Todas as aulas dessas práticas esportivas são ministradas em escolas públicas, no contraturno, em bairros vizinhos dos terminais da Cattalini, em Paranaguá. Os projetos fazem parte do programa Comunidade Viva em que são aprovados e patrocinados pela empresa com o objetivo de beneficiar crianças e adolescentes. Subordinado ao setor que trata das áreas Ambiental, Social e Governança (ASG), o programa contempla, entre outros, projetos culturais, artísticos e voltados às práticas esportivas. Ele atende, atualmente, cerca de 1.100 crianças e adolescentes, pelo menos 400 delas nos projetos esportivos.

Como funciona

De acordo com a coordenadora de ASG da Cattalini Terminais Marítimos, Ângela Bahry, para serem aprovados, os projetos precisam seguir alguns critérios. 

“A gente avalia todos os projetos que chegam. Eles precisam estar de acordo com a política da empresa, que é o atendimento do entorno. Então, os projetos que apoiamos na área do esporte, assim como os outros, sempre têm que ter esse foco de atender os bairros vizinhos aos terminais da Cattalini”, disse a coordenadora ao JB Litoral.

Primeiro, os projetos de entidades interessadas são avaliados por um comitê que se reúne mensalmente e analisa se estão dentro dos critérios de admissibilidade. Caso seja aprovado, será destinado a um “padrinho”.

“Cada Centro de Tancagem nosso apadrinhou uma escola. Então, hoje, temos 1.100 crianças atendidas pelos projetos, somando as escolas. Pelo Centro de Tancagem 1, a escola Costa e Silva; pelo Centro de Tancagem 2, a escola Heloína; pelo Centro de Tancagem 3, a Randolfo Arzua; pelo Centro de Tancagem 4, a Bento Rocha; pelo Pátio de Triagem, a Arminda, que é aquela da Vila Iguaçu; e pelo Píer, a escola da Ilha do Amparo, que fica bem na frente do nosso píer”, detalhou Ângela, com as cinco escolas municipais e uma estadual.

Os projetos

No rol dos projetos esportivos contemplados pela empresa estão o “Ondas da Transformação”, que é o surfe nas escolas; “Futsal nas Escolas”, desenvolvido pela Associação de Pais e Amigos do Futsal (Apaf); “Crianças Aprendem o que vivenciam”, que é a capoeira também nas escolas; o projeto de vôlei da Nelp (Novo Esporte Litoral Paranaense); e o mais recente de karatê, que está em vias de implantação.

“Nós fazemos a gestão de todos os projetos, acompanhando in loco, em que os profissionais estão sempre nas escolas, verificando os resultados. Temos um contato muito estreito com as diretoras e com as pedagogas dessas instituições, onde elas sempre trazem os feedbacks sobre os projetos”, contou Ângela Bahry.

Reflexos na educação

Ainda segundo a coordenadora, esses feedbacks dados pelas profissionais da Educação são de que as práticas esportivas oferecidas sempre no contraturno estão atraindo as crianças para a escola. “Os estudantes estão melhorando nas notas, é uma forma de atrair essas crianças para que elas fiquem na escola. Então, todos esses projetos focam na disciplina, em diminuir a evasão escolar e, também, focamos muito na questão de cidadania. Para entrar não precisa já ter notas boas e alta frequência, mas com a participação, esse aluno é incentivado a manter as conquistas que vai alcançando e a melhorar cada vez mais”, afirmou Bahry.

Longo prazo

Os projetos não têm data para acabar, pois têm a finalidade de ser sustentáveis, com um prazo longo. O de capoeira já está atendendo crianças há cinco anos; o de surf há três anos; o de futsal há dois anos, o de vôlei foi iniciado no ano passado e o de karatê, que está no começo.

“Buscamos com que as crianças realmente fiquem na escola no contraturno, que tenham a oportunidade dessas atividades adicionais interessantes, que tirem esses jovens do ócio, de irem para a rua sem ter algo construtivo a fazer”, complementou Ângela.

Os projetos são financiados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.