Crise não tira ânimo de comerciantes para temporada de verão no Paraná


Por Redação JB Litoral Publicado 27/12/2015 às 13h00 Atualizado 14/02/2024 às 11h36

Os comerciantes e empresários do litoral do Paraná estão otimistas para esta temporada de verão. De acordo com Carlos Freire, que é presidente Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral), a crise financeira e a alta do dólar devem influenciar para que as pessoas optem por viagens mais próximas nestas férias.
O pessoal vai procurar o litoral, estamos pertinho. A gente vê que o pessoal não está comprando supérfluo, o pessoal está com o pé no chão, vai gastar menos do que o ano passado, mas o movimento já é bastante alto”, disse Freire.
O presidente da Assindilitoral conta que o que se vê são clientes mais cautelosos. “Antes o pessoal saia gastando, agora, eles pesquisam preço, querem qualidade, e não compram à toa. O movimento está alto, mas as vendas vão ser menores”.

Segundo ele, a estimativa é de que, durante toda a temporada oficial que neste ano terá cerca de 50 dias, passem pelo litoral paranaense 2,3 milhões de turistas.
No Natal, destacou Freire, o movimento já foi maior do que o do ano passado, e a estimativa é que isso também ocorra na semana no Ano Novo. “Será um dos melhores fins de ano”, comentou Freire.

“O nosso preço continua o mesmo desde novembro de 2014. Seguramos o preço, apesar do aumento dos custos, e contratamos menos gente. Contratamos 30% a mais de funcionários do que a gente tem, antes a gente contratava 60%”, citou Freire.

Além da crise financeira, o tempo é outro fator que influencia. As constantes chuvas podem afugentar alguns turistas, na avaliação de Carlos Freire.[tabelas]“A previsão é bastante complicada. Dizem que deve chover até março por causa do El Niño, então, a gente fica com o pé atrás. O tempo para nós também é importante”, lembrou o presidente.
A chuva forte, inclusive, causou transtornos em Matinhos, com pontos de alagamentos em diversas ruas da cidade. “Eu estou há tantos anos aqui e nunca tinha visto enchente como teve agora. O pessoal fica com um pouco de medo com essas coisas”.

A dúvida fica para a primeira semana de janeiro. Para não perder a clientela, cada estabelecimento tem a sua estratégia. Alguns, porém, adotaram medidas similares.